RENDO GRAÇAS AO AUTOR DESTA IMAGEM
O SILÊNCIO
RAM - ABRIL DE 2016
Quarta-feira, 20 de abril de 2016
Eu sou RAM.
Permitam-me, irmãos e irmãs, saudá-los.
Eis-me, novamente, entre vocês, acompanhado do
Espírito do Sol.
Comunguemos juntos, antes que eu me exprima
sobre o Silêncio.
… Silêncio…
Como Melquisedeque, há numerosos anos – em
outra época, antes da Liberação da Terra – eu vim exprimir entre vocês certo número de
elementos concernentes a respiração e ao silêncio.
Eu vou, então, prosseguir, hoje, ajustando
minhas palavras, meu discurso, às circunstâncias atuais de sua vida.
O silêncio de que vou falar-lhes hoje não é,
simplesmente, o silêncio das palavras, mas, bem mais, o silêncio do efêmero em
todos os seus componentes.
O mais importante, hoje, em seu Face a Face,
apenas em face de si mesmo, o silêncio vai concorrer para estabelecer a
espontaneidade.
Esse silêncio junta-se ao princípio da
vacuidade e da plenitude porque, a partir do instante em que a pessoa que você
é, presente nesse mundo, faz o silêncio do que é emitido nas estruturas
efêmeras, é um elemento essencial no período que precede o Evento.
Encontrar o Silêncio permite fazer a paz
consigo mesmo e deixa o Si e a Infinita Presença aparecerem em sua consciência.
Retenha, antes de tudo, que o Silêncio deve
tornar-se evidência e facilidade.
É o silêncio não, unicamente, das palavras,
não, unicamente, dos sentidos, mas, bem mais, o silêncio que acompanha a paz
quando as emoções e o mental tenham-se calado.
O que eu falo hoje nada tem a ver com uma
meditação ou um exercício, qualquer que seja.
O silêncio da pessoa vai permitir a
manifestação a mais fácil da eternidade do Amor e da Luz, mesmo no interior de
sua consciência comum.
O Silêncio é o elemento que vai permitir pôr
fim à separação,
no que lhe aparece como interior e como exterior,
e deixa aparecer a revelação da Vida, em sua Inteligência e em sua beleza.
O silêncio interior não é a ausência de
relação, mas, bem mais, a relação verdadeira e correta, que facilita, em você,
a instalação definitiva do Amor e da Eternidade.
Esse silêncio assemelha-se ao recolhimento ou à
oração do coração, essa oração do coração que nada mais quer do que a
emergência do belo e do verdadeiro, do que a emergência do que faz apenas
passar e que está aí, eternamente.
O Silêncio de que eu falo pode ser favorecido
de diferentes maneiras.
Assim, portanto, eu me proponho a dar-lhe os
elementos que vão concorrer para fazê-lo encontrar, se já não foi feito, o
silêncio que acompanha e precede a emergência do masculino sagrado, o retorno,
também, à androginia primordial, aquela que não conhece diferenciação, nem
sexo, nem polaridade.
O Silêncio
não é uma reflexão, nem um trabalho.
É um estado no qual a Evidência prevalece, a
evidência da Luz e do Amor, além, mesmo, de qualquer percepção preliminar, quer
seja ao nível dos sentidos ou dos mecanismos espirituais.
O Silêncio permite o acolhimento incondicional
da verdade do Amor, do que vocês nomeiam, no Ocidente, Cristo.
O Silêncio pode aparecer em toda circunstância
de suas vidas.
É o silêncio que é o testemunho da Paz e da
Alegria.
Esse silêncio, eu volto a esclarecer, é
interior.
Ele nada tem a ver com o silêncio das palavras
ou o silêncio do olhar, é o silêncio da pessoa que se apaga dela mesma, na
majestade da beleza e na majestade do Amor.
O Silêncio vai ajudá-los a transmutar os
últimos elementos do fogo vital em Fogo vibral.
O Silêncio desemboca na espontaneidade, na
clareza e na precisão, não do que é visto, mas, bem mais, na intensidade do que
é vivido nesses momentos.
O Silêncio tem a capacidade, também, de fazer
desaparecer a testemunha ou o observador.
O Silêncio permite ultrapassar os limites
inerentes à história de sua pessoa e inerentes à sua condição.
O Silêncio facilita a revelação da Luz a partir
do coração-centro, que vocês nomeiam o Coração do Coração.
No Silêncio, a respiração modifica-se, o ritmo
cardíaco muda,
o corpo relaxa.
Quando o silêncio interior instala-se, há perda
dos marcadores habituais, tanto do posicionamento de seu corpo como do
posicionamento de sua consciência.
Ela não é mais localizada nem no corpo, nem em
uma parte do corpo, nem mesmo em um centro de energia.
A Morada de Paz Suprema, a Alegria, que precede
a a-consciência, é, muito exatamente, o que já se produz em suas vidas, nos
momentos de amor intenso ou nos momentos de desaparecimento.
Se você já o viveu ou se vai vivê-lo, você
observou ou observará que, nesses momentos, não pode existir questão, não pode
existir interrogação nem, mesmo, dúvida do que é vivido, tanto mais que o
contraste é surpreendente entre o estado habitual de sua consciência e o estado
do silêncio interior.
O Silêncio não é o apanágio de uma Estrela, de um Arcanjo ou de um Ancião, o Silêncio
é inerente à Vida.
Do mesmo modo que a semente germina sob a
terra, na alquimia de sua obra no escuro, o silêncio interior vai conduzi-los,
neste período propício, a deixar emergir a manifestação tangível do Coração do
Coração, de sua paz e da alegria do Amor.
O Silêncio não é a observação da observação,
mas o desaparecimento do observador.
No desaparecimento do observador, a observação
pode permanecer, mesmo se não haja ninguém para, realmente,
observar.
O Silêncio, como eu disse, é, portanto,
Evidência.
Evidência
da Vida, evidência do Amor.
O silêncio interior é o momento no qual, além
da cessação dos pensamentos, das emoções e da percepção do corpo, abre-se um
espaço diferente, um espaço no qual vocês não podem apoiar-se sobre qualquer
marcador, sobre qualquer experiência passada e sobre qualquer projeção de um
ideal ou de um objetivo.
O Silêncio esvazia-os de seu efêmero, ele
pacifica o Face a Face e os faz descobrir, na solidão, a plenitude e a
multiplicidade.
O Silêncio propicia uma acuidade e torna
tangível, em seu mundo, sua eternidade.
No silêncio interior, a consciência não tem
mais desejo nem vontade de agarrar-se a qualquer manifestação que seja.
Paradoxalmente, o Silêncio revela-lhes sua
Essência, anterior a toda manifestação e, no entanto, em seu mundo, nessa
Terra, faz manifestar, por ela mesma e para ela mesma, a Luz e o Amor.
Não há, propriamente ditas, regras ou técnicas
para observar, mas existem, entretanto, elementos facilitadores ao aparecimento
do silêncio interior; isso lhes foi longamente explicitado, em especial, no papel
do observador.
O silêncio interior propicia a paz e a alegria
sem esforço.
Esse silêncio interior pode ser percebido pela
pessoa, e o corpo que o vive, como um buraco negro no qual não há qualquer
marcador possível, no qual não pode existir a mínima demanda, o mínimo
objetivo.
O Silêncio acompanha a revelação do instante
presente.
Progressivamente e à medida que esse silêncio
interior crescer em vocês, pela repetição dessas sequências de silêncio
interior,
emergirá, do Coração do Coração, a Graça em ação,
visível, perceptível e sensível.
O silêncio interior não pode ser obtido lutando
contra seus próprios pensamentos ou contra seu próprio mental, ou contra suas
próprias emoções.
O silêncio engloba tudo isso, ele é, aliás, o
suporte das emoções, dos pensamentos e do corpo.
Esse silêncio interior vai amplificar, na paz,
o Face a Face.
É, portanto, o momento no qual a consciência
não pode agarrar-se a qualquer identidade, a qualquer história, a qualquer
lugar, a qualquer suposição.
Chegar a isso pode ser facilitado por técnicas
muito simples,
que vão, de algum modo, favorecer a eclosão do
silêncio interior.
O primeiro modo é voltar a inclinar-se no que
eu pude dizer,
há numerosos anos, concernente à resposta do
Silêncio.
O próprio Verbo, que está no começo, baseia-se
no Silêncio.
O silêncio interior, quando aparece, vai dar
uma densidade,
um peso ao Amor e à Luz, e torna-os palpáveis.
Respirar, por exemplo, e estar consciente de
sua respiração, é uma boa ajuda.
Portar sua própria consciência no Nada ou canto da alma percebido em seus ouvidos pode ser, também, um vetor
importante, que permite ao Silêncio aparecer.
Um segundo ou um terceiro modo de favorecer o
silêncio é realizar uma forma de investigação, de que eu já havia falado em
minha vida como em minhas intervenções – e que foi, também, evocada por Bidi – vai consistir em executar à noite, na posição deitada e, portanto,
antes do sono, investigar, ao invés de fazer uma retrospectiva de seu dia que
acaba de escoar, não para julgá-lo, não para apreciar as felicidades ou as
dores, mas, simplesmente, para preparar seu sono para ser fonte de Silêncio.
No
Silêncio há evidência da Luz e do Amor.
O silêncio interior acompanha-se de uma
imobilidade percebida, tanto do corpo como do pensamento e das emoções.
Se emoções e pensamentos chegam, eles ficam
como suspensos e fora do tempo.
Isso constitui as premissas do silêncio
interior.
O silêncio interior permite-lhe aumentar a paz
que você já tocou por experiência, por momentos ou de modo mais duradouro.
O Silêncio alimenta, também, a espontaneidade e
a simplicidade, elas o tornam disponível – disponível a si mesmo, além de
qualquer pessoa.
O Silêncio conduz, de maneira natural, à
extinção dos jogos da consciência, o que lhe dá, talvez, a ver esses jogos, mas
não o leva a eles.
No silêncio interior, a revelação e as
manifestações da consciência aparecem pelo que elas são, mas não implicam o
movimento de sua consciência nessas manifestações da vida e da consciência.
Silêncio e imobilidade caminham juntos.
Eles dão, de algum modo, uma base firme para a
Luz e para o Amor que não são, então, condicionados nem por qualquer resultado,
nem por sua história, nem por qualquer objetivo.
O Silêncio concorre, portanto, para estabelecer
a visão do Coração, a visão sem ver, na qual nada tem necessidade de ser visto,
justamente, porque tudo é evidente.
O silêncio interior dá-lhe acesso às
engrenagens da própria consciência, que desemboca em uma paz maior e um
equilíbrio maior.
Isso lhe dá uma base no coração, em seu ser
eterno.
… Silêncio…
No silêncio interior, tudo pode ser visto em
suas engrenagens e seus mecanismos, não, unicamente, da consciência, mas,
também, o que é nomeado de emoção, pensamento e mental.
O Silêncio, enfim, é o estado adequado no qual
a Luz pode circular livremente, atravessá-lo e ser emitida a partir do Coração
do Coração.
Em definitivo, o silêncio interior extirpa-o,
literalmente, dos sofrimentos efêmeros ligados à atividade das estruturas
efêmeras.
Esse silêncio interior estabilizará, enfim,
tudo o que pode parecer-lhe sofredor no interior de sua pessoa – que você não
é.
As estruturas efêmeras que os constituem nesse
mundo no qual vocês ainda estão encarnados existem apenas pelo jogo do Yin e do Yang ou,
se preferem, das forças alternantes da dualidade, quer seja na escala do átomo,
da célula, dos órgãos,
dos corpos sutis ou, ainda, da própria
consciência.
É, justamente, na imobilidade do silêncio
interior, que os jogos da consciência aparecem-lhes, com mais nitidez, pelo que
eles são.
Os jogos da consciência são, de fato, apenas
movimentos de vai e vem, movimentos que permitem ver-se, a si mesmo, nos jogos
da Criação, qualquer que seja essa criação, original ou falsificada.
O Silêncio é, portanto, a solução para o
alvoroço dos pensamentos, das emoções e das interações com esse mundo, que põe
fim, assim, ao jogo de vai e vem que abole, portanto, toda distância entre as
noções de exterior e de interior.
É nesse silêncio que se produz a alquimia do
masculino e do feminino ou das forças antagonistas e complementares.
Eu poderia dizer, também, que, em certa medida,
o Silêncio
é a antecâmara do Absoluto.
É a experiência que um número sempre mais
importante de irmãos e de irmãs humanos encarnados nesse mundo vive, em graus
diversos, quando de experiências transcendentes ou experiências de morte
iminente: após o túnel, após o reencontro de formas que foram importantes em
suas vidas, após a travessia da luz do Sol, há o que está além da Luz – é o Silêncio, o Absoluto.
O Silêncio é, certamente, uma das últimas
percepções que podem manifestar-se na consciência expandida.
O Silêncio vai permitir-lhes magnificar a
escuta e o acolhimento de tudo que emerge, de vocês ou em vocês.
Assim como o afluxo de Luz é capaz de regenerar
e de curar o que deve sê-lo, o Silêncio assinala a rendição do efêmero à
Eternidade.
No silêncio interior vocês fortificarão o eixo
vertical da coluna vertebral e darão uma base à emergência da Luz em seu mundo
e em sua encarnação.
… Silêncio…
Nesse silêncio interior, vamos instalar-nos,
juntos, sem objetivo e sem finalidade do que, simplesmente, ser, não,
unicamente, onde vocês estão, mas em cada consciência, como em cada ponto dessa
Terra e do universo, com a mesma clareza e a mesma precisão.
E aí, onde nada mais há a ver nem a perceber, a
identidade de ser uma pessoa funde-se no ser, o que deixa aparecer a própria
fonte da consciência.
… Silêncio…
No silêncio interior, o jogo da dualidade não
pode manter-se e não pode perturbar sua pessoa.
… Silêncio…
No silêncio interior, o silêncio das palavras
não está presente,
porque as palavras espontâneas apoiam-se nesse
Silêncio.
Então, a língua dos anjos pode ser emitida, do
mesmo modo que a Fonte ou o Último fizeram-no.
… Silêncio…
No silêncio interior, o sentido de ser uma
pessoa aparece, realmente, pelo que ele é: uma ilusão.
No silêncio interior, o Amor desvenda-se e
revela-se em vocês,
como no mundo.
… Silêncio…
No silêncio interior, o Fogo vibral torna-se
sua fonte principal de sua vida.
Paralelamente, esse silêncio interior vai
prepará-los, da maneira a mais adequada, para viver o Evento.
Retenham que no silêncio interior não é
necessário, mesmo se seja útil, fazer o silêncio das palavras.
No silêncio interior, a conexão ao Coração do
Coração aparece-lhes, o que realiza, de algum modo, em vocês, uma
invulnerabilidade incondicionada, que não depende de nada nem de ninguém.
No silêncio interior, o que pode restar, em
vocês, de impulsos,
de obsessões, de freios, desvanece-se por si
só.
Vocês observarão, aliás, se já não foi feito,
que, em algumas circunstâncias a atravessar na pessoa que vocês são – na aparência – nesse mundo, o Silêncio é uma grande ajuda, porque ele deixa lugar para
a Luz e para Sua Inteligência.
… Silêncio…
Assim é o silêncio interior, no qual tudo é
resposta, no qual tudo é Um.
… Silêncio…
No silêncio interior, enfim, instala-se a
Morada de Paz Suprema.
… Silêncio…
Aí estão, portanto, as algumas palavras e os
alguns silêncios que eu tinha a dar-lhes sobre o silêncio interior.
Eu saúdo e abençoo sua Presença, ao mesmo tempo
permanecendo com vocês ainda alguns instantes, onde quer que vocês estejam, no
silêncio interior ou às suas portas.
… Silêncio…
Eu sou Mestre RAM, permitam-me depositar, em seus corações, nossa comunhão Una, e eu
saúdo sua beleza e sua eternidade.
Até mais
tarde.
CADERNOS DE
ABRIL DE 2016
CRÔNICAS DA
ASCENSÃO
Crônicas
dos Melquisedeques – O Masculino Sagrado
Mensagem
de RAM Abril de 2016
Agradecimento especial:
Traduzido
para o Português por Célia G.
http://amorporgaia.blogspot.com.br/2016/04/o-silencio-ram-abril-de-2016.html
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