Todos têm algo a dizer sobre Deus.
Algumas pessoas afirmam que são indiferentes à idéia de Deus.
Não têm esperanças de vir a saber se Deus existe, e, assim, preferem não perder tempo com o assunto.
Outras são passionais quando tratam do tema – ou à maneira atéia, ou teísta e sectária. Os passionais estão convencidos de que estão certos e, por vezes, demonstram certo desprezo, explícito o velado, por quantos são de outra crença.
Independentemente da exaltação ou da indiferença das pessoas. Parece raro que alguém mude o ponto de vista de uma outra pessoa por meio de argumentos ; entretanto as pessoas mudam de crença e podem, depois, adotar de modo exaltado pontos de vista que antes desaprovavam de modo também exaltado.
Os que duvidam às vezes dizem que não podem entender de que modo um Deus onipotente e que a tudo ama poderia aceitar tanta infelicidade e injustiça no mundo. Amiúde, essas pessoas começaram acreditando que o mundo fosse cruel e injusto, e então terminaram em alguma forma de ateísmo, achando que chegaram a essa conclusão por via lógica.
Outros acreditam em Deus, porém, entre os bilhões que acreditam, devem haver milhões de crenças diferentes sobre a natureza de Deus. Até entre os chamados cristãos a variedade de crenças e práticas é enorme. O que fazer com essa confusão ? De que forma entendê-la ?
Existe duas razões principais para a grande diferença entre as pessoas no que concerne a isso. A primeira é que imagens específicas formadas na infância determinarão a natureza dos sentimentos e suposições inconscientes que teremos sobre Deus quando formos adultos. As preleções que escolhemos para argumentar de que modo as pessoas formam sua imagem fundamental de Deus. As palestras mostram, que, antes que possamos ter esperança de dizer algo de valor sobre algum tema, temos de primeiro examinar a natureza de nossas suposições inconscientes com respeito a esse tema.
Em segundo lugar, os seres humanos evoluem por estágios na sua relação com Deus ou como alguns até chamam sua consciência, à proporção que passam por uma vida e por muitas vidas.
Esses estágios se desenvolvem primeiramente a partir de uma crença ingênua e supersticiosa, passando pelo ceticismo e pela descrença, até chegar por fim a uma crença nova e fundamentada que se purificou da superstição. À proporção que os seres humanos amadurecem nos estágios do desenvolvimento, a relação que têm com Deus muda muito.
Vamos tentar perceber o que Deus é, e aprendemos como a natureza de nossa meditação deve mudar, à medida que compreendemos com mais clareza quem somos na relação que temos com Deus.
Dizem muitas pessoas que vocês não deverão criar uma imagem de Deus. Muitas pessoas acreditam que essa afirmação quer dizer que vocês não devem fazer desenhos nem estátuas de Deus ; mas isso de modo algum é o sentido total dessa afirmação. Se pensarem um pouco mais sobre isso, chegarão à conclusão de que isso não poderia ser tudo o que está implicado neste ensinamento.
Vocês têm de perceber agora que isso se refere a imagem interior de Deus. Que a existência de Deus seja tantas vezes posta em questão, e que a alma do homem tenha tão poucas experiências da Presença Divina, são as conseqüências da imagem distorcida de Deus que os seres humanos conservam.
A criança passa pela experiência de seu primeiro conflito com a autoridade com pouca idade. Ela também aprende que Deus é a maior autoridade. Portanto, não admira que a criança projete suas experiências subjetivas com a autoridade em suas fantasias sobre Deus. Disso se segue que uma imagem se forma; sejam quais forem as relações da criança e, posteriormente, do adulto com a autoridade, atitude com respeito a Deus será, muito provavelmente, influenciada por elas.
Uma criança vem a conhecer todos os tipos de autoridade.
Quando se lhe proíbe fazer aquilo de que ela mais gosta, a experiência que essa criança tem da autoridade é como sendo algo hostil. Quando a autoridade dos pais permite algo à criança, essa autoridade é sentida como benigna.
Quando há certa predominância de algum tipo de autoridade na infância, a reação a essa autoridade tornar-se-á a atitude inconsciente com relação à Deus. Em muitos casos, no entanto, as crianças passam por uma combinação de ambas as coisas.
Então, a mistura desses dois tipos de autoridade formará a imagem que elas têm de Deus. Na medida em que uma criança tem medo e frustração, nessa mesma medida inconscientemente terá com relação à Deus.
Este, supõe-se, é uma força que castiga, severa e às vezes até injusta, a que se deve fazer face. Sabemos que vocês não se mantêm tão conscientes assim ; mas nesse trabalho vocês estão acostumados a descobrir as reações emocionais que de modo nenhum correspondem aos seus conceitos emocionais que de modo nenhum correspondem aos seus conceitos conscientes sobre qualquer tema. Quanto menos o conceito inconsciente coincide com o consciente, maior é o choque quando se compreende a discrepância.
Muitas coisas de que a criança mais gosta são proibidas.
Muitas coisas que dão prazer são proibidas, não raro para o próprio bem-estar da criança ; e isso a criança não pode entender. Acontece também que os pais proíbem as coisas por ignorância e medo. Assim, imprime-se na mente da criança que, no que concerne a muitas coisas mais agradáveis no mundo, a pessoa está sujeita ao castigo e Deus, à autoridade maior e mais inflexível.
Além disso, somos obrigados a nos deparar com a injustiça humana no curso de nossa existência, tanto na infância como na idade madura. Particularmente, se essas injustiças são perpetradas por pessoas que representam autoridade e que estão, portanto, inconscientemente ligadas a Deus, a crença inconsciente de vocês na séria injustiça de Deus é reforçada. Experiências desse tipo também aumentam o medo que vocês têm de Deus.
Tudo isso compõe uma imagem que, se analisada com o devido cuidado, faz Deus um monstro. Esse Deus, que vive na sua mente inconsciente, é realmente mais do que um demônio.
Vocês mesmos têm de descobrir no trabalho com vocês mesmos de que modo grande parte disso é verdadeiro para vocês em particular. Será que a alma de vocês está impregnada de conceitos torpes como esses? Se a compreensão de uma impressão dessas se torna consciente num ser humano em crescimento e no momento em que ela se torna, amiúde não se entende que esse conceito de Deus é falso. Então. A pessoa se afasta inteiramente de Deus e rejeita toda parte do monstro que lhe espreita a mente.
Isso, a propósito, às vezes é o real motivo do ateísmo da pessoa.
O afastamento é apenas algo tão equivocado quanto o seu exato oposto, que consiste em ter medo de um Deus austero, injusto, hipócrita e cruel. A pessoa que conserva inconscientemente a imagem deturpada de Deus logicamente tem medo desta divindade e lança mão da lisonja em troca de favores. Vocês têm aqui um bom exemplo de dois extremos opostos, ambos os quais faltos de verdade num grau idêntico.
Ora, examinamos o caso em que uma criança tem a experiência da autoridade benigna num grau maior do que a experiência do medo e da frustração com respeito à autoridade negativa.
Suponhamos que a criança se permite fazer tudo o que quer e que ela é mimada pelos pais que a amam e que lhes satisfazem todas as vontades. Eles não infundem nela o sentimento da responsabilidade. Isso causa na personalidade uma crença inconsciente de que se pode passar impune em qualquer coisa aos olhos de Deus. A criança acha que pode malbaratar a vida e evitar as responsabilidades. Para começar, ela terá muito menos medo; porém, já que a vida não pode ser malbaratada, essa atitude errada gerará conflitos e, portanto, o medo será criado por uma reação em cadeia de pensamentos, sentimentos e atos equivocados.
Certa confusão interior virá à luz, porquanto a vida do modo como é na realidade não corresponde à imagem de Deus e ao conceito inconsciente relacionado com a indulgência.
Muitas subdivisões e combinações dessas duas categorias principais podem existir na mesma alma, e o desenvolvimento alcançado em encarnações anteriores particularmente com respeito a isto, também influencia a psique. É muito importante, por conseguinte, descobrir qual é a imagem que vocês têm de Deus.
Essa imagem é fundamental, e determina todas as outras atitudes, imagens e modelos em toda a existência de vocês.
Não deixem enganar pelas suas convicções conscientes.
Em vez disso, tentem examinar e analisar suas reações emocionais à autoridade, aos pais, aos meus medos e expectativas.
A partir dessas reações vocês descobrirão aos poucos o que sentem sobre Deus em vez do que pensam sobre ele. Toda a escala entre os dois pólos opostos do monstro e do pai cheio de amores reflete-se na imagem que você têm de Deus, desde a desesperança e a falta de perspectivas, na convicção emocional de um universo injusto, até o comodismo, a rejeição da responsabilidade e a expectativa de um Deus que supostamente deveria mimá-los.
Ora, a questão de como acabar com essa imagem vem à tona. Como vocês acabam com qualquer imagem, ou seja, com toda conclusão errônea ? Primeiro, vocês têm de se tornar inteiramente conscientes da idéia errada. Isso sempre deve ser o primeiro passo. Vocês, às vezes podem estar conscientes de uma imagem – o que sempre é falso, caso contrário, não seria uma imagem – mas vocês não podem nem mesmo estar conscientes de que ela é falsa.
Em sua percepção intelectual, e parte vocês estão convencidos de que a imagem-conclusão é correta. Enquanto isso for assim, vocês não podem livrar-se das cadeias aprisionantes da falsidade.
Assim, o segundo passo é corrigir suas idéias intelectuais.
O que mais importa é compreender que a formação adequada do conceito intelectual nunca deveria ser imposta ao conceito emocional falso ainda remanescente. Isso só causaria repressão ; mas, por outro lado, vocês não deveriam deixar que as conclusões e as imagens erradas, ao aflorar à superfície em função do trabalho que vocês fizeram até aqui, os persuadam de que são verdadeiras.
De um modo sutil, isso é o que algumas vezes acontece.
Procurem compreender que até esse ponto os conceitos errôneos reprimidos têm de se desenvolver claramente na consciência. Formulem o conceito certo. Depois, os dois conceitos devem ser comparados. Vocês precisam examinar constantemente quanto vocês ainda se desviam emocionalmente do conceito intelectual correto.
Façam isto tranquilamente, sem pressa nem ansiedade pelo fato de que as emoções não acompanham o pensamento tão rapidamente quanto vocês gostariam. Dê a elas tempo para se desenvolver. Isso é feito de maneira mais satisfatória por meio da observação e da comparação constantes do conceito errado e certo. Compreendam que as emoções precisam de tempo para se adaptar, mas façam tudo o que esteja em seu poder para que elas tenham a oportunidade de se desenvolver ; isso acontecerá por meio do processo já mencionado. Observem as suas emoções, apesar das existências e dos pretextos que elas podem arrumar. Pois sempre há em vocês essa parte que não quer mudar nem se desenvolver. Na personalidade humana essa parte é um aspecto muito doloroso. Atentem para isso.
No mundo, as injustiças muitas vezes são atribuídas a Deus.
Se vocês estão convencidos da existência da injustiça, a melhor atitude é examinar a própria vida e descobrir nela como vocês contribuíram para os acontecimentos que pareceram inteiramente injustos, e como os causaram. Quanto mais vocês entendem a força magnética das imagens e o poder de todas as tendências psicológicas e inconscientes, mais vocês compreendem e sentem a verdade desses ensinamentos e mais se convencem de que não existe a injustiça. Encontrem a causa e o efeito de suas ações interiores e exteriores que causaram os fatos.
Se para achar os seus defeitos, vocês fazem metade do esforço que comumente despendem achando os defeitos dos outros, você verão a ligação com a lei de causa e efeito e só isso os libertará, mostrando a você mesmos que não existe injustiça. Só isso lhes será a prova de que não é Deus, nem o destino, tampouco uma ordem injusta no mundo em que vocês têm de sofrer as conseqüências das limitações das outras pessoas, mas a ignorância, o medo, o orgulho e o egoísmo de vocês que direta ou indiretamente causarão aquilo que pareceu, até aqui, entrar no caminho de vocês sem que vocês nada fizessem para tanto. Descubram esse elo oculto e verão a verdade. Então compreenderão que vocês não são vítimas das circunstâncias nem da imperfeição dos outros, mas são realmente os que criam a própria vida. As emoções são forças criativas de grande efeito, porque o inconsciente de vocês afeta o da outra pessoa.
Essa verdade talvez seja a mais importante para a descoberta de como vocês provocam os acontecimentos, quer bons, quer maus, favoráveis ou desfavoráveis da vida.
Depois que você passam por essa experiência podem acabar com a imagem que têm de Deus independentemente de vocês terem medo de Deus, porque acreditam que vivem num mundo de injustiça e receiam tornar-se vítima das circunstâncias sobre as quais não têm controle, ou de rejeitarem a responsabilidade e ficarem à espera de um Deus flexível que os mime, que lhes oriente a vida, tome decisões por vocês, os poupem de dificuldades que vocês mesmos criam. A compreensão de como vocês são a causa dos efeitos da vida de vocês acabará com essas imagens de Deus. Isso constitui um dos momentos mais decisivos da vida de vocês.
Só esse momento lhes facultará o reconhecimento de que vocês não são vítimas; de que têm poder sobre a vida ; de que são livres e de que essas leis de Deus são infinitamente boas, sábias, amáveis e seguras. Elas não visam transformá-los em fantoches, mas fazer de vocês pessoas totalmente livres e independentes.
Tentaremos falar sobre Deus ; mas lembrem-se de que todas as palavras só podem, no melhor dos casos, ser um ponto de partida, ao cultivar o reconhecimento interior de vocês mesmos.
As palavras são sempre insuficientes, e ainda mais no que diz respeito a Deus, que é inexplicável, que é tudo, que não se limita a palavras. De que modo a percepção e a capacidade que vocês têm para entender pode ser suficiente para a impressão da grandeza do Criador ? Cada mínimo desvio anterior, cada bloqueio , é um obstáculo ao entendimento. Temos de nos ocupar da eliminação desses obstáculos passo a passo, pedra a pedra, pois só então vocês lograrão o vislumbre da luz e o sentimento de bênção infinita.
Um obstáculo é que, apesar dos ensinamentos que vocês receberam de várias fontes, vocês pensam inconscientemente em Deus como alguém que age, escolhe, decide e dispõe arbitrariamente e à vontade. Acima disso, vocês impõem a idéia de que essas coisas devem ser justas; contudo, ainda que vocês acrescentem a idéia de justiça, essa idéia é falsa. Porque Deus É. As leis deles foram criadas de uma vez por todas e funcionam automaticamente, por assim dizer. Emocionalmente, vocês estão limitados de alguma forma a essa idéia equivocada, que se posta no caminho de vocês. Enquanto ela estiver presente, a idéia real e verdadeira não lhes poderá preencher o ser.
Deus é, entre muitas outras coisas, vida e energia vital.
Pensem nessa energia vital como pensam numa corrente elétrica, dotada de inteligência suprema. Essa “corrente elétrica” está aí dentro de vocês, ao redor de vocês, fora de vocês.
Cabe a vocês o modo de fazer o uso dela. Vocês podem usar a eletricidade com objetivos construtivos, até mesmo para curar ; mas vocês a podem utilizar para matar. Não é isso o que faz da corrente elétrica algo bom ou ruim. Essa corrente de força é um aspecto importante de Deus, e é o aspecto que cala mais fundo em vocês.
Essa idéia pode acarretar a pergunta sobre se Deus é pessoal ou impessoal, inteligência diretriz ou lei e princípio.
Os seres humanos, de vez que têm a experiência da vida com uma consciência dualista, tendem a acreditar que uma ou outra coisa é verdadeira ; mas Deus é ambas as coisas. O aspecto pessoal de Deus, contudo, não implica personalidade. Deus não é uma pessoa que habita determinado lugar, embora seja possível ter uma experiência pessoal de Deus no eu. O único lugar que Deus pode ser procurado e encontrado é dentro de vocês, não em alguma outra parte. A existência de Deus pode ser inferida exteriormente ao eu, em função da beleza da criação, das manifestações naturais, da sabedoria amealhada por filósofos e cientistas; entretanto, essas observações só se tornam uma experiência de Deus quando a presença dele é sentida por dentro em primeiro lugar.
A experiência interior de Deus é a maior das experiências, porque traz em si tudo o que há de desejável.
O amor de Deus também é pessoal nas leis divinas, no ser das leis. Nas leis, o amor se revela claramente no fato de que elas foram criadas de modo a guiá-los, em última análise, à luz e a bênção, independentemente do quanto vocês se desviam delas.
Quanto mais vocês se afastam delas, mais se aproximam pela infelicidade que o afastamento impõe. Essa infelicidade fará com que vocês, em um aspecto ou em outro, mudem para melhor – alguns mais cedo, outros mais tarde, mas todos devem finalmente chegar a um ponto em que compreendem que eles mesmos determinam a própria infelicidade ou bem-aventurança.
Esse é o amor na lei.
Deus deixa que você se desvie das leis naturais quando assim desejam. Vocês foram feitos à semelhança de Deus, o que quer dizer que são totalmente livres para optar. Não são obrigados a viver na bem-aventurança e na luz, embora possam fazer isso, se quiserem. Tudo isso exprime o amor de Deus.
Quando tiverem dificuldade para compreender a justiça do Universo e a responsabilidade pessoal em sua vida, não pensem em Deus como “ele” ou “ela”. De preferência pensem em Deus como A Grande Força Criativa à sua disposição.
Não é Deus que é injusto; a injustiça é causada pelo uso equivocado da corrente poderosa à sua disposição.
Se vocês partem dessa premissa e meditam sobre ela, e se, de agora em diante, procuram descobrir onde e como fizeram, por ignorância, um uso excessivo da corrente de força em vocês, Deus lhes trará a resposta com certeza.
Se buscarem sinceramente essa resposta, e se tiverem coragem de encará-la, virão a entender a causa e o efeito na sua vida. Entenderão o que os levou a acreditar – se bem até agora de maneira inconsciente, portanto muito mais poderosa – que o mundo de Deus é um mundo de crueldade e injustiça, um mundo em que vocês não têm nenhuma oportunidade, um mundo em que você têm que ser medroso e desesperado, um Universo em que a Graça de Deus é consentida a poucos , dos quais vocês estão excluídos. Só a responsabilidade pessoal pode libertá-los da falácia que lhes desvirtua a alma e a vida. Isso lhes dará confiança e conhecimento profundo, absoluto, de que vocês nada têm a temer.
O Universo é um todo do qual a humanidade é uma parte orgânica. A experiência de Deus envolve compreender-se a si mesmo como parte integrante dessa unidade ; no entanto, no seu atual estado interior de desenvolvimento, a maior parte dos seres humanos só pode passar pela experiência de Deus sob os aspectos duais da consciência espontânea e ativa e da lei automática.
Na verdade, esses dois aspectos compõem uma unidade em constante atividade.
O aspecto da consciência espontânea é o princípio ativo que, na linguagem dos seres humanos, e chamado de aspecto masculino. Trata-se da energia vital, que cria ; é a energia potente.
Essa energia vital perpassa a criação e as criaturas.
Ela pode ser usada por todos os seres vivos conscientes.
O aspecto da lei automática é o princípio passivo, receptivo, a substância vital ou o aspecto feminino, que o princípio criativo molda, forma, e sobre o qual atua. Esses dois aspectos, juntos, são necessários para que algo seja criado. São as condições da criação, e estão presentes em cada forma criada, quer se trate de uma galáxia, quer de alguma engenhoca.
Ao falar de Deus, importa compreender que todos os aspectos divinos duplicam no ser humano que vive, e cujo ser repousa sobre as mesmas condições, princípios e leis de quantos fazem parte da Inteligência Cósmica. São os mesmos em essência, diferenciados apenas em grau. A compreensão de si mesmo significa assim ativar o potencial máximo de Deus em si mesmo.
Deus, na condição de inteligência intencional, espontânea e de orientação não age para vocês, mas por meio de vocês, existe em vocês. É muito importante que vocês compreendam essa diferença sutil mais decisiva. Quando vocês têm uma abordagem equivocada de Deus com respeito a isso, vocês têm uma ligeira esperança de que Deus aja em favor de vocês mesmos. Então, deparam os inevitáveis desapontamentos; depois disso, concluem que não existe nenhum Criador. Se se pudesse fazer contato com um divindade exterior, logicamente haveria de se esperar que ela representasse alguém; mas aguardar respostas do lado de fora implica concentrar-se na direção errada.
Quando vocês travam contato com Deus no eu, as respostas devem aflorar e, o mais importante, vocês devem percebê-las e entendê-las. Essas manifestações da presença de Deus no eu demonstram o aspecto pessoal divino.
Elas demonstram a inteligência ativa, intencional e de orientação, para sempre mutável e nova, por sabedoria divina adaptada a qualquer situação. Ela expressa o Espírito de Deus se manifestando por meio do espírito do ser humano.
Quando vocês descobrem a si mesmos e, por conseguinte, o papel que desempenham criando o próprio destino, verdadeiramente mergulham em vocês mesmos. Não são mais levados por coisa nenhuma, mas são senhores da própria vida.
Vocês têm de descobrir isso por si mesmos. Se a vida os impeliu ao verdadeiro direito natural a fim de poupá-los do sofrimento, vocês nunca serão criaturas livres. O real sentido da liberdade implica que nenhuma força nem limitação possam ser usadas nem mesmo para o bem, tampouco para conseqüências desejáveis.
Nem mesmo a maior de todas as descobertas no caminho da evolução terá sentido se vocês forem impelidos a passar pela experiência dessa descoberta. A opção de voltar-se à direção que para o fim permitirá a liberdade verdadeira e o poder deve ser deixada a cada indivíduo.
As idéias, intenções, pensamentos, vontades, sentimentos e atitudes, do modo como são expressos pelos seres conscientes, são as maiores forças do Universo. Isso significa que o poder do espírito é superior a todas as outras energias.
Se esse poder é compreendido e usado de acordo com a lei que lhe é inerente, ele suplanta todas as outras manifestações de poder. Nenhum poder físico pode ser tão intenso quanto o espírito.
Já que o ser humano é espírito e inteligência, ele é capaz, de maneira inata, de controlar todas as leis automáticas e obscuras.
É pessoa que usando está capacidade que se dá a verdadeira experiência de Deus.
Quando vocês travam contato voluntariamente com o Eu Superior, que traz em si todos os aspectos divinos, e lhe pedem orientação e inspiração, e quando vocês sentem as conseqüências desse ato interior, vocês sabem que Deus está presente dentro de vocês.
Assim, descubram que imagem deturpada vocês têm de Deus, que imagem se coloca no caminho da sua experiência de Deus na forma do sentimento cósmico total e abençoado. Que é na realidade. Tornem-se acessíveis a esse sentimento. Possam as palavras que lhes digo lançar luzes sobre a alma, sobre a vida de vocês.
Que elas lhe preencha o coração. Que elas sejam o instrumento para libertá-los das ilusões. O mundo de Deus é um minuto maravilhoso, e só há razão para rejubilar-se de todo plano que viverem, de todas as ilusões ou dificuldades temporárias.
Por que vocês passarem. Que todo isso seja um remédio para vocês, que hão de ter força e felicidade diante do que dispararem no caminho.
A benção esteja com vocês.
“COMO DEUS É BOM... QUE BELEZA É A VIDA, EM TODAS AS PARTES, ONDE QUER QUE ESTEJAMOS”.
“TUDO QUANTO PLANTARMOS DE BOM, NO CORAÇÃO DOS OUTROS, DARÁ FRUTOS UM DIA”.
“O DESTINO DE CADA UM É A PRÓPRIA FELICIDADE : É O PROGRAMA COM O QUAL DEUS O INDIVIDUALIZOU”.
“SOMOS TODOS IGUAIS, EM DIREITOS, PERANTE DEUS. E A VIDA EXIGE QUE RESPEITEMOS O DIREITO DO OUTRO, BEM COMO, SUA LIBERDADE”.
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