QUINTA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2011
Informe Rahma - Mintaka, Uma Viagem Estelar a Órion - 8 Mintaka
Parte VIII
Uma viagem estelar a Órion
http://www.misionrahmaperu.org.pe/
Richard González
O Caminho de Volta
Se pretendermos um “perdão consciente” – eu refletia – não se pode perdoar o que não se conhece; por esta razão nos foi dito que devíamos conhecer a verdadeira história da humanidade, por sua vez, cósmica, porque tudo está conectado, tudo está em íntima relação.
“Teu tempo aqui está demasiado longo” – disseram-me – “Leve agora consigo o que viu e sentiu, mas como te dissemos quando chegaste, no caminho de volta, nós não podemos te ajudar...”
Nesse momento, eu lembrei quem eu era – ou melhor, quem eu havia sido na Terra – tomando consciencia dos laços que me uniam a Merla, o planeta azul que me lembra com nostalgia, Ahelon.
Vi então minha amada companheira, e a família que eu devia formar; os grupos da Missão e os objetivos que nos restavam cumprir; lembrava também, neste vento de clareza, as experiencias de contato com os Guias e as viagens aos retiros Interiores da Irmandade Branca...
- Falta tanto para fazer ainda! – exclamei.
“Então vá logo... caminhante valente... voce deve terminar o que começou...”
E um flash de intensa luz branca me cegou. Em um instante eu estava no túnel de luz dourada, voltando a grande velocidade; e devo confessar, que eu retornava com certa tristeza, deixando Ahelon para trás. Eu estava triste – embora não possa compreender isso, devo dizer – por voltar a ser “Richard”, depois de ter desfrutado de uma realidade cósmica, autêntica, indescritível.
E vi mais uma vez os gigantes guardiões dourados que protegiam esta rota estelar.
Mas desta vez eles não se moveram. Fiquei, então, “detido” diante destas impactantes presenças que pareciam ignorar que eu estava ali. Não me davam passagem para continuar...
- Voce deve “acreditar” para voltar... – reconheci, emocionado, a presença do Guia Oxalc, me assistindo.
Acreditar, acreditar – dizia a mim mesmo e meus intensos desejos de voltar para a Terra, e para os laços de amor com meus seres queridos foram me dotando de uma força incrível, notando, frente à minha reação, como lentamente os guardiões se colocavam de lado para que eu pudesse passar...
E eu fluía novamente pelo túnel, e cada seção do mesmo, percebia com maior força ”a energia da Terra”, e minhas lembranças, as pessoas que eu amava e o compromisso com a Missão.
Era como “nascer” de novo.
E consegui sair do túnel de luz dourada, já em meu transito final para descer sobra a Terra.
No entanto, uma cena voltou a se repetir: aquele manto de sombras estava na metade de meu caminho, como querendo envolver os céus do planeta.
Mas uma presença me abraçou e me acompanhou através das sombras, que eram uma manifestação da obscuridade. Aquele abraço me encheu de um amor tão profundo e paz.
Senti – e estou certo disso – que era a própria energia do Mestre...
Passando por estas sombras, eu tive uma visão, onde eu vi espantosas guerras no planeta, que acabaram destruindo os sítios arqueológicas mais importantes do mundo, aqueles que contem informações essenciais para nos ajudar a compreender quem realmente somos, e conseqüentemente, direcionar o futuro da humanidade.
Vi enclaves como a própria Grande Pirâmide, destruídos por esta influencia das trevas.
E Oxalc me falou uma vez mais:
Não saber quem são é ignorar o que se pode fazer. E podem conseguir muito.
Com o trabalho realizado na Grande Pirâmide, neutralizou o perigo que foi visto. Souberam abrir a porta certa. E souberam cortar a passagem da escuridão.
Nordac! Nordac! Eu escutava alguem chamar meu Nome Cósmico, enquanto eu descia suavemente na Terra.
E o que posso lembrar após isso, é Elvis me ajudando a sair do sarcófago, ali, na Câmara do Rei, na Grande Pirâmide.
Eu via tudo deformado, como se o lugar que eu estava agora fosse um “holograma”, e onde eu havia estado fosse o “mundo real”.
O impacto que isso produziu em mim foi tão grande que eu precisei de um tempo de reflexão e silencio para poder conseguir articular alguma palavra aos meus companheiros, que pacientes e compreensivos, sabiam que tudo havia se realizado, e que o objetivo desta viagem foi cumprido.
** EPÍLOGO **
Lembrando em Saqqara
Só quando eu saí da Grande Pirâmide e meus olhos viram a luz do Sol sobre a areia, pude me comunicar com os meninos do grupo, que pareciam muito impactados e atentos em mim, por tudo o que havia acontecido em minha “ausência” na Câmara do Rei.
Como ocorreu em outras experiencias de contato, foi surpreendente ver que o tempo em que eu permaneci no interior do sarcófago não excedeu 10 ou 15 minutos.
No entanto, a lembrança que eu tive da experiência era muito maior, como uma consciência de “dias”...
Elvis havia sentido e visualizado que estava como que me “acompanhando” durante a experiência que significou “sair” da Grande Pirâmide.
Inclusive nesse momento nosso irmão começou a vocalizar mantras desconhecidos pelo grupo, em uma língua estranha, e que saturaram de uma vibração poderosa tanto o sarcófago como a Câmara do Rei.
- Ao chegar a uma espécie de túnel de luz – relata Elvis – vi como Richard se foi por esta luz, enquanto eu fiquei fora, esperando...
Carlos me comentou que em um preciso momento quando eu estava voltando em mim dentro do sarcófago, entrou na Câmara do Rei um inesperado grupo de turistas, dezenas de pessoas, que avançaram no grupo com suas câmeras fotográficas, intrigadas pelo que estávamos fazendo.
Ele, intuindo que aquilo poderia afetar de alguma forma, o fechamento do trabalho, e meu “retorno”, deu meia volta e levantando os braços – sem deixar de mantralizar – impediu os passos de todas aquelas pessoas, até que eu tivesse total consciência de meu corpo no sarcófago, instantes depois.
Após a Pirâmide nós nos deslocamos, para concluir todo o trabalho, tal como sugeriram os Guias, para Saqqara.
Ao caminhar através das colunas do Templo de Djosser, notei que Elvis estremeceu. Nem bem chegamos ao Egito – na primeira vez – ele me contou um sonho onde se via caminhando em um Templo com grandes colunas de pedra.
A descrição de Elvis correspondia a este sítio de marcada importância em Saqqara... Mas não é só isso.
Tal como rezava uma mensagem dos Guias, e que advertia que em Saqqara se “lembrariam de vidas anteriores” ao entrar na Pirâmide de Teti – onde tive a visão da experiência na viagem anterior – a emoção se apoderou de muitos.
Não há o que dizer que quando um por um dos meninos do grupo foram entrando no grande sarcófago desta pirâmide.
As visões que tiveram ao meditar dentro dele, foram extremamente importantes e confirmatórias:
“...Vi rápido um ser vestido de branco que me disse: Lembra, lembra, lembra... Ao dizer-me isto, me vi nesse lugar (Saqqara) trabalhando com hieróglifos e símbolos. Havia uma sala cheia deles, e minha função era proteger o conhecimento que se encontrava nesse lugar. De repente a visão mudou e via o lugar todo por fora.
Via pirâmides, templos, ruas em pedras e árvores e palmeiras onde hoje em dia é um deserto; o curioso é que as pessoas que eu via não me pareciam egípcias.
E em seguida vi naves que começaram a disparar nas pessoas uma espécie de energia que os destruía. Eu comecei a reagir com angustia e dor diante disto, como quando se está tendo um pesadelo, e eu apenas perguntava: porque, porque...”
(Extrato do Informe pessoal de Elvis Martínez).
Cenas como estas foram enfrentadas por Rafael e outros irmãos, nos lembrando que nós estávamos aqui, neste tempo e lugar, por um compromisso que assumimos antigamente, e que se baseia na verdade, no amor, e sua manifestação suprema: o perdão.
Ao sair de Saqqara, sentimos todos que havíamos terminado nossa viagem ao Egito. No entanto, sabíamos que a “viagem” em si, recém começava, tendo em conta que após assumir este compromisso de “saber”, tínhamos que nos conduzir com maior preparação e consciência no caminho.
Foi mais difícil o caminho de retorno de Órion do que o caminho que Le levou a Mintaka. Isso simboliza o esforço por adquirir conhecimento.
O Mestre pergunta então ao seu persistente discípulo:
Uma vez que o possuas, o que voce irá fazer com ele?
Este ensinamento diz que o conhecimento em si não é importante.
Mas apenas uma ferramenta de compreensão. Os ventos que empurram a vela da Missão, é claro, são outros. Não estão fora, mas dentro. E tudo aquilo que pode nos ajudar a despertar será importante para acender em nós aquela luz de amor que irá abrasar o planeta e, como sabemos, o Universo...
Agora a célebre frase do Guia Oxalc, cobra um sentido determinante:
“No final, irão compreender que a Missão Rahma, consistia em lembrar...”
Ao voltar para o hotel, após as lembranças que fluíram em Saqqara, tivemos mais uma surpresa: o amigo da guia turística que conseguiu a permissão para entrar na Grande Pirâmide havia procurado nossa amiga, desconcertado, para perguntar a ela o que havíamos feito na Câmara do Rei, porque “os perfumes” que havíamos usado tinham enchido todo o recinto de um intenso aroma de flores... Sem comentários.
Também ali ficamos sabendo que a bagagem extraviada de Elvis, estava sã e salva no aeroporto do Cairo, pronta para ser retirada.
E mais uma surpresa: Em uma parte da recepção do hotel, onde um jovem rapaz vendia suvenir aos turistas, achamos uma reprodução do Papiro de Hunefer do Livro dos Mortos, embora eu soubesse de sua existencia, só após à extraordinária experiência que me levaria ao Conselho dos 14 em Órion, compreendi o que significava...
Neste singular papiro, de mais de 3 mil anos, aparece Hunefer – que representa um egípcio que acaba de morrer – pelas mãos de Anubis, que pesa seu coração com uma caneta, em uma alegoria que determina se Hunefer conduziu sua existencia física com sabedoria e nobreza. Caso não tenha sido assim, seria devorado por aquela besta que está ao lado da balança – talvez representando o “astral inferior” – mas neste caso, como vemos, a essência continua seu caminho para o Duat em Órion.
Thot, “O Atlante” – com cabeça de Ibis – aparece, fiel aos seus deveres, anotando, arquivando o conhecimento adquirido por Hunefer durante a vida terrena.
Em seguida, Horus, que lembramos, destruiu Seth, leva a “alma” ou essência diante do pai: Osíris, que representa Órion. Osíris aparece acompanhado de Isis e Neftis - às suas costas – cujo simbolismo estelar é sugestivo dentro da saga do Plano Cósmico.
Finalmente, já cruzado o Duat – representado pela peça dourada onde está sentado Osíris – Hunefer se encontra em audiência diante dos 14 seres...
Quem se quis representar?
Assimilar a viagem estelar a Órion me tomou – e continua – momentos de profunda reflexão. Nem mesmo a viagem física a Celéa havia mobilizado tantas coisas em meu interior. E nesses momentos de silencio, revejo aqueles mundos, tão distante de nós, mas vivendo em algum lugar de nossa memória.
Em outras circunstâncias, eu teria reservado muitos detalhes desta experiência, talvez empurrado devido a uma saudável e por vezes excessiva prudência, ou algum receio de que esta mensagem não fosse compreendida – porque estamos acostumados a confundir as coisas. No entanto, nossos Guias da Missão, me fizeram compreender e sentir a necessidade de transmitir tudo isto, tal como vivi.
Assim, como disseram, ajudaria outros irmãos a recordar. E hoje é o tempo.
A poucos dias de voltar do Egito, quando a guerra do Iraque estava minguando, recebi esta mensagem do Mestre Joaquim:
“Souberam enfrentar com amor, entrega e responsabilidade uma missão diferente, mas que vibra na mesma essência de tudo o que vem sentido desde que foram chamados à Rahma. Apesar de se encontrarem diante de experiencias novas e interiores, , fluíram, deixando-se guiar pelo coração, superando as provas da viagem e confiando nas forças superiores de luz que nunca deixaram de protegê-los e assisti-los”.
“O passo dado em nome de muitos, foi enorme e permitiu que um novo canal de informação fosse ativado para voces e dele receber as chaves finais de sua história cósmica, que é na realidade, o passado, o presente e o futuro do Universo inteiro”.
“O amor ao compromisso, o serviço, a fé colocada na abertura consciente de portais de luz e a força necessária para enfrentar as trevas, são características do ser humano do Novo Tempo, que ao serem ativados, irão motivar o despertar dos irmãos amados que ainda transita pelo caminho da memória”.
“Vieram e sentiram a origem das coisas no Egito, comprovando que existem outras realidades, cósmicas e planetárias, não apenas nas estrelas distantes, mas fundamentalmente dentro de voces mesmos”.
“É o Sétimo de Rahma, a lembrança viva que envolve o destino.
O momento em que a hora desvanece o tempo, O instante do Grande Retorno.
Porque aquela força que sentiram em seus corações, e que os fez tremer de amor, em breve, graças aos esforços de muitos caminhantes, irá abraçar a humanidade”.
“Cumpriram com êxito sua parte no Egito. Mas é só um passo a mais.
Novas viagens virão a este e a outros lugares sagrados da Terra”.
“A Irmandade Branca permanece atenta em espera dos valentes de coração”.
Com o mais profundo amor, sempre perto de voces.
(Joaquim)
Eu tentei - dentro dos meus limites humanos – transmitir neste informe a essência do que vivemos no Egito e a conexão estelar com Órion, que nos permitiu acariciar sua história e compreender alguns aspectos não muito conhecidos do Plano Cósmico; confirmar importantes informações que vínhamos recebendo e ativar, em nós e naqueles irmãos que sentem sua mensagem, o que os Anciãos bem chamaram “A Chave da Lembrança”.
Esta extraordinária experiência em Órion, que descrevi brevemente – pois o tempo é sábio em iluminar o vivido, e ainda teremos que assimilar tudo o que foi entregue – é mais do que uma reveladora resposta, uma questão em aberto para sentir qual é o nosso verdadeiro compromisso na Missão, e até onde estamos dispostos a participar, em consciência, de um processo que envolve diversas civilizações e formas de vida no Universo.
O que foi recebido nesta conexão estelar a partir da Grande Pirâmide, se encaixa perfeitamente com o que já aprendemos sobre o Plano Cósmico; não há contradição em ponto algum, e aprofundou mais, dando à luz a alguns eventos, onde começamos a compreender a partir de uma visão mais panorâmica, determinadas etapas da História do Universo Material, seus mais intensos momentos, determinações e ações em meio a esse verdadeiro mosaico cósmico no qual o ser humano – nós – deverá restituir a ordem interrompida.
O Universo é belo. É impressionante. Uma manifestação viva do Profundo.
Parece tão estranho que toda a criação esteja pendente de uma força que muitas vezes não compreendemos na Terra, e que é a chave, o caminho e a verdade para nossa ascensão.
Comprometer-se com esta “força” é assumir o mesmo caminho que Jesus percorreu; por isso nossa missão suprema dentro do Plano é preparar Seu caminho de volta...
“E então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem...”
(Mateus 24:27-35), um sinal estelar que poderia ser da própria estrela Mintaka, o Sol de Ahelon – o planeta irmão da Terra. Devido à precessão dos equinócios, como mencionei antes, Mintaka está numa posição privilegiada dentro do equador celeste, podendo ser a única estrela a ser vista do pólo norte ao pólo sul. Para que todos os seres humanos a vejam nestes tempos.
E lembrem que o Senhor do Tempo, virá em breve.
É uma chave que ficou aqui para que os irmãos na Missão a aprofundassem. Osíris-Órion e Jesus-Adão guardam em essência uma mensagem simbólica – Osíris e Jesus foram traídos por uma pessoa próxima, morreram de forma trágica e ambos ressuscitaram no terceiro dia – uma profecia de que algo extraordinário e positivo irá ocorrer e que está ligado a Órion e ao advento do Cristo.
Demos, pois, aquele grande passo, pelo qual nos comprometemos, por amor à humanidade, nestes tempos; e selamos juntos nossa parte no concerto das essências que caminham pela Terra.
Em nome de todo o grupo que participou desta maravilhosa viagem ao país do Nilo, quero estender nosso carinho e agradecimentos a tantos irmãos e grupos no mundo que nos apoiaram com suas meditações e que nos escreveram para saber dos resultados desta inesquecível aventura espiritual.
A Tell-Elam e aqueles irmãos que demarcaram a mais de um quarto de século o caminho do contato na Missão; por sua perseverança, esforço e exemplo.
Aos Guias da Missão e Mestres da Irmandade Branca, por estar sempre presentes e nos acompanhando nesta transição para o Novo Tempo.
E em especial, ao “Mestre dos Mestres”: Jesus, o Senhor do Tempo, por nos mostrar como o homem da Terra pode acariciar o coração do Universo amando e dando tudo pelos outros.
Com o mais profundo amor, em nome de toda a equipe de viagem Egito 2003 – sem cuja inestimável contribuição não seria possível redigir este informe – que a Missão continue vibrando em nossos corações,
Ricardo González
***Fim***
Tradução: Silvana Pion
Na determinação de me lembrar e agora começando a compreender minha profunda gratidão a todos que fizeram tanto a experiência como este relato chegar diante dos meus olhos e ao meu coração. Elizabeth.
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