SÁBADO, 21 DE MAIO DE 2011
O Caminho do Coração - O Ser Interior RAM – 07 de dezembro de 2008
O Ser Interior
Eu sou RAM.
Recebam minha paz.
Recebam minha bênção.
Eu venho continuar entre vocês meu ensinamento e minha instrução sobre uma das coisas capitais para todos os aspirantes à Luz e à paz eterna.
Eu lhes falei longamente a propósito do silêncio, da interioridade.
Minha consciência está ligada, devido ao que eu sou, ao elemento ar.
O silêncio, a propósito do qual longamente me exprimi, é o meio privilegiado, para o ser humano na encarnação, de encontrar, de reencontrar o ser interior.
O ser interior pode também ser chamado «a criança interior», o ser divino.
Vocês cobriram através desse corpo, assim como eu o fiz quando de minha última vida, um véu chamado «materialidade».
Toda matéria que vocês podem tocar nesta dimensão em que vocês vivem está ligada à ocultação da Luz.
A matéria de seus corpos, do que vocês tocam, não é eterna.
Essa matéria é uma etapa.
Essa matéria tem necessidade de sua presença, a fim de revelar a Luz que ali está escondida.
A encarnação, além das contingências e limitações ligadas ao carma, tem um objetivo final e essencial que é espiritualizar, vocês empregam a palavra «ascensionar» a matéria que deve iluminar-se do interior.
Do mesmo modo, o ser humano na encarnação que percorre a materialidade não tem outro objetivo do que revelar sua própria Luz.
Esse é um processo alquímico extremamente longo estendendo-se em tempo terrestre a dezenas de milhares de anos.
Entretanto existem, mesmo nesta matéria de que vocês fazem parte, ciclos.
Há momentos privilegiados ao nível desses ciclos.
Esses momentos privilegiados situam-se em momentos chaves da evolução da matéria.
O primeiro momento chave, que eu chamaria «precipitação» ou «cristalização», é a descida do Espírito e da alma humana na matéria.
O outro momento chave, que é, portanto, cíclico, situa-se no outro extremo do ciclo.
É «ascensão» e «subida».
A precipitação ou cristalização e a subida são momentos precisos, inscritos nas mecânicas das estrelas e dos planetas, reproduzindo-se segundo os universos, em tempos e momentos extremamente precisos.
Vocês estão num momento chamado «fim de ciclo».
Vocês entram diretamente num elemento temporal onde tudo o que é exterior ao seu ser interior deve viver um espaço de resolução, um espaço de conscientização que corresponde à irrupção da Luz na matéria.
Esse processo coletivo apenas pode ser ligado a mecânicas planetárias.
Essa mecânica planetária, no momento da precipitação de um ciclo ou da ascensão de um ciclo, é ligada a um relógio planetário.
Eu poderia, mas esse não é meu papel, desvendar-lhes de maneira muito precisa o desenrolar desses tempos.
Mas o importante, o essencial, não é o desenrolar exterior, mas o desenrolar interior.
Nesses momentos de final de ciclo, de início de ciclo, é essencial voltarem-se para o interior de si mesmos.
A solução para a encarnação, para o sofrimento, não se encontrará jamais no exterior.
Inúmeros mestres que vieram falar a vocês, por intermédio desse mesmo canal insistiram, apoiados na noção desse olhar interior, nessa reversão do próprio sentido de suas prioridades.
Inúmeros professores disseram também que o que vocês viviam nessa encarnação podia ser chamado a Ilusão.
Essa ilusão tomou corpo devido à ocultação da Luz.
A precipitação na matéria corresponde a esse processo inicial.
A precipitação, portanto, correspondeu a uma reversão do interior para o exterior.
No final do ciclo, a reversão deve efetuar-se no outro sentido: do exterior para o interior.
Não pode haver olhar interior enquanto seu olhar coloca-se no exterior.
Qual é o elemento, a ferramenta que permitiu a exteriorização de sua interioridade, que mudou a polaridade do olhar?
Eu entendo por «olhar» o conjunto de fenômenos que vem habitar sua consciência.
Esse olhar, do qual vocês fizeram a experiência no curso de numerosas vidas, teve apenas um único objetivo, que é o momento que vem para vocês e que é, portanto, o retorno à interioridade.
A ferramenta que permitiu a exteriorização é seu mental.
A ferramenta que deve permitir-lhes fazer o movimento inverso não pode, em caso algum, o mental, porque o mental está ligado ao processo de exteriorização.
A interiorização, o acesso à interioridade pode apenas ser feito mudando o olhar.
O olhar exterior deve tornar-se o olhar interior.
O olhar interior não é introspecção, não é uma análise do que acontece no interior..
Vocês teriam tendência a assimilar isso à capacidade que tem o ser humano para refletir, mas refletir é apenas o reflexo, refletir é apenas uma deformação maior ou menor da realidade.
A interioridade é, portanto, um estado específico em que a consciência vai decidir levar seu olhar para o interior.
O único meio que vocês têm para aceder a esse olhar interior é o silêncio.
Eu falei disso quando de minhas numerosas intervenções.
Eu os farei viver, quando de suas perguntas, a resposta pelas palavras, depois, a resposta pelo silêncio e, enfim, a resposta pela Luz.
O silêncio não é unicamente o silêncio de palavras, mas é também o silêncio de qualquer reação e vontade de ação no exterior.
O silêncio não é a ausência de movimentos.
O silêncio é um movimento da consciência, da energia e da vida para o interior onde se esconde, esperando seu retorno de consciência, a criança interior ou o ser divino.
Toda ação de um ser humano é condicionada por um conjunto de sistemas, de construções criadas pelo mental.
O mental é o obstáculo o mais difícil, que bloqueia o acesso ao seu ser interior.
Fazer silêncio é, portanto, uma dinâmica que vai levá-los a inverter, por uma reversão, o fluxo de suas energias orientadas para a manifestação e a encarnação, para o interior.
Essa noção de reversão de fluxo, vocês são chamados a vivê-la.
A resposta que dará é totalmente livre, totalmente sem sanção, nem noção de gradação ou de valor disso.
O ser interior, o acesso à interioridade pelo silêncio, pela inversão de fluxo, vai permitir colocar em movimento, no interior de sua materialidade que é esse corpo, uma dinâmica e uma dimensão nova que foi chamado
«o coração».
O coração é o centro.
O coração é a fonte de vida e o impulso de vida.
Tudo provém dele e tudo volta a ele.
A problemática é que seu mental (que existe pela graça da precipitação inicial) construiu-se, armou-se, durante tempos de vida extremamente numerosos, para conduzir ao que vocês vêem no exterior, igualmente nos funcionamentos de um grupo social, da sociedade, de um país ou da humanidade toda, inteira.
Entretanto, quaisquer que sejam essas construções, esses andaimes variados presentes na materialidade, são um obstáculo importante para o acesso ao seu ser interior, por uma razão que é extremamente simples: o mental é a ferramenta de apreensão e de compreensão do exterior.
Ele não será jamais o elemento de compreensão de seu ser interior, mesmo se certa forma de ilusão tende a mantê-los na ignorância desse fato.
Os sistemas religiosos, os sistemas que permitiram a elaboração dessa sociedade na qual vocês vivem apenas tornaram-se possíveis pelo mental.
O mental, consciente de seu papel na exteriorização, não pode ter qualquer papel no movimento inverso, mas ele tenderá a fazer perdurar, de maneira não necessária, a existência dessa materialidade privada de Luz.
Vocês devem aceitar e experimentar o que acontece quando do silêncio.
Vocês ali são grandemente ajudados, ao mesmo tempo por muito numerosos seres pertencentes a outras dimensões que, hoje, literalmente invadiram o espaço planetário terrestre, a fim de preparar a solução que vocês tiverem adotado.
Essa solução é de três ordens, para qualquer ser vivo na superfície deste planeta.
A primeira solução é a persistência da atividade exterior encarnada, privada de Luz.
Essa pode ser sua escolha, é a escolha da maior parte e da imensa mesmo maioria da humanidade que deseja prosseguir a experiência da separação, da divisão e do mental.
A segunda escolha será apenas possível, não por uma decisão de seu mental, mas pela capacidade que teve sua consciência para encontrar a interioridade.
Isso se acompanhará de um princípio chamado «dissolução».
A dissolução não é o nada.
A dissolução é o mecanismo do desaparecimento da ilusão construída pelo mental.
Vocês poderão aceder a essa escolha e viver essa escolha apenas se vocês fizeram suficientemente o silêncio, a fim de que seu olhar deixe o mundo da dualidade e da manifestação, a fim de voltar-se para a unidade e a integração.
Isso necessita o abandono de suas prerrogativas mentais.
Essa noção de abandono não é do controle: vocês não podem controlar o mental pelo mental.
Vocês não podem controlar o mental pelas emoções.
Vocês não podem forçar o mental por ele mesmo.
A chave para a parada do mental encontra-se apenas no meio de seu peito, no centro do ser.
Vocês apenas podem aceder a essa dimensão da divindade se as construções mentais, criadas pelo mental, desaparecem.
Não lhes é pedido para deixar o que vocês vivem, mas mudar de estratégia, mudar de olhar.
A condição prévia para viver isso é, e será de toda a eternidade, o silêncio e a reversão.
O que vocês devem viver, a título individual, deve viver-se no conjunto de seu sistema solar.
De fato, não é apenas a Terra referida por esse processo de reversão e de exteriorização.
Vocês estão no exterior da vida.
Vocês são seres exteriorizados.
A exteriorização faz parte da experiência.
Vocês têm, em seu tempo terrestre, todo seu tempo para continuar a experiência, se tal é seu desejo.
Mas, se o apelo do coração, o apelo de seu ser interior, de seu ser divino, da criança interior é viver outra coisa, se há em sua consciência a aspiração para a parada do sofrimento, a aspiração para a alegria eterna, a aspiração para a verdadeira Luz, então, vocês devem iniciar a reversão e a interiorização do que vocês são.
Isso não é uma técnica, isso não é uma ferramenta, é bem mais do que isso, porque esse movimento de fluxo inverso permite passar da multiplicidade para a unidade.
Aí se encontra a fonte que vai expandir sua sede de eternidade e de divindade.
Vocês não podem encontrar o Pai, encontrar a Luz autêntica, sem esse olhar interior, sem a parada total do mental.
Não há outra alternativa.
As estratégias do mental, ao nível coletivo, foram de criar um conjunto de sistemas, de construções que lhes permitem crer que, com a ferramenta mental, vocês poderiam chegar a algum lugar.
A ferramenta mental não é feita para chegar a lugar algum.
A ferramenta mental é feita para viver a experiência e nada mais.
Vocês desejam parar a experiência?
Vocês desejam continuar a experiência dessa dimensão?
Essa é sua escolha.
Mas, imperativamente, se vocês fazem a escolha do ser interior, da divindade, da ascensão, vocês apenas poderão vivê-la se, no momento em que a Luz se derramar sobre o conjunto do sistema solar, vocês forem capazes, muito rapidamente, de voltar seu olhar exterior para o interior.
Isso pode ser feito apenas através do silêncio, qualquer que seja o alarido do mundo.
A Luz vem para vocês.
A Luz vem dissolver a sombra e, portanto, dissolver o mental.
O mental pertence inegavelmente à sombra e ao mundo da manipulação.
O mental pode também revestir-se de alguns dos atributos da Luz para manter a ilusão, mas a luz mental não é a Luz divina.
A luz mental é a luz da cabeça.
A Luz divina é a Luz do coração.
A luz mental os faz compreender o mundo no qual vocês vivem.
A luz mental os ajuda a avançar nas trevas.
Em caso algum ela pode aceitar que vocês vivam a Luz interior.
Assim ilustra-se, nessa forma que vocês habitam, uma luta.
Uma luta se faz em vocês e vai se fazer, em vocês, entre suas aspirações as mais interiores e, eu diria, seus demônios exteriores.
Se vocês não pacificaram suficientemente, através do silêncio, se vocês não acalmaram suficientemente essa exteriorização, no momento vindo vocês terão uma incapacidade quase total para penetrar em seu santuário interior.
A única solução para a encarnação encontra-se nesse nível.
O silêncio permite-lhes, ademais, acalmar efetivamente outras coisas além do mental.
O mental não quer esse silêncio, porque ele está à vontade apenas no alarido.
Ele está à vontade e desabrocha apenas na contradição, na compreensão, na divisão.
Ele vai mesmo se servir, em alguns casos, de sua divindade para fazê-los levar julgamentos de valor sobre o bem e o mal.
O bem e o mal que é apenas o reflexo de algumas lutas nesta dimensão.
Mas se sua consciência eleva-se bem além das limitações da encarnação, vocês se aperceberão muito rapidamente que o bem e o mal é apenas uma ilusão a mais.
Essa dicotomia entre o bem e o mal mantém a manifestação e a dualidade.
A mudança interior, se vocês a desejam, vai fazê-los perceber que não há nem mal nem bem, que tudo é perfeito na unidade, na verdadeira Luz.
O perigo de toda forma de conhecimento é mergulhá-los na ilusão da luz mental.
Isso é extremamente importante.
Vocês devem se colocar a questão do que vocês desejam, vocês, como consciência, e não o que deseja seu mental, porque ele responderá inexoravelmente a mesma coisa.
Ele dirá: equilibrar as construções de suas vidas, equilibrar o afetivo, equilibrar os valores materiais como o dinheiro, encontrar um lugar em que lhes agrade viver.
E vocês vão aderir a isso, esquecendo, assim, que vocês são seres de Luz autêntica e verídica.
Isso não é inútil, porque, o que acontece quando da exteriorização nesta dimensão?
Vocês vão reforçar, por um fenômeno de privação de Luz, a Luz interior, porque a Luz não desaparece jamais.
Mas o que acontece quando vocês comprimem, acrescentando camada por camada da ilusão mental, em suas construções?
Vocês comprimem cada vez mais a Luz no interior de vocês, mas ela não pode jamais apagar-se, porque vocês são, de toda eternidade, seres de Luz.
Então, progressivamente e à medida que colocarem, de modo figurado, vestimentas sobre vocês para proteger-se do sofrimento, para proteger-se desse mundo que vocês mesmos criaram, progressivamente e à medida que vocês colocarem vestimentas, camadas de crenças, camadas de materialidade, camadas de proteção, vocês vão, cada vez mais, comprimir a Luz.
Esta vai asfixiar-se, mas jamais apagar-se.
E essa compressão da Luz vai, devido aos mecanismos do mental, a um dado momento, permitir uma explosão.
Se vocês colocaram suficientemente camadas, paradoxalmente, a explosão será mais fácil, na condição de que vocês a aceitem.
A Luz está tão comprimida no interior, que existe um estado de instabilidade extrema.
É o que vocês vivem no interior de vocês.
É também o que acontece, não sobre a Terra, mas sobre o conjunto de seu sistema solar, por fenômenos astronômicos extremamente potentes.
A emissão da Luz ao nível do sol (que é a encarnação no que vocês vêem da Luz divina) está comprimida pela materialidade.
Mas, a um dado momento, o grau de compreensão torna-se tão intenso que a Luz pode apenas extirpar-se e escapar para ir para onde ela deve ir, ou seja, sobre a Terra e sobre os outros planetas.
Esse movimento cíclico, como eu dizia, tornou-se possível apenas por um mecanismo celeste específico, não ligado a aspectos astrológicos, mas a deslocamentos de planetas específicos, escapando aos ciclos de revolução solar, mas sendo ligado a um processo específico cíclico, eu repito, que se reproduz apenas a cada 52.000 anos.
Vocês imergiram, desde algumas semanas de seu tempo terrestre, nesse final dos tempos.
Tempos descritos, tempos desvendados de diferentes maneiras, em todos os tempos, pelos seres que tiveram acesso à interioridade.
Não se demorem demasiado tempo a observar, olhar o exterior porque, obviamente, nesses períodos de sofrimento da materialidade há como uma avidez do mental para apreender-se do que acontece no exterior.
Mas o que acontece no exterior é exatamente a mesma coisa que acontece em seu interior.
É, simbolicamente, o combate da sombra e da Luz, apenas que a Luz autêntica não combate jamais.
A Luz contenta-se em ser.
A Luz não é ação.
A Luz é estado.
A partir do momento em que vocês querem combater a sombra, a materialidade, pela Luz, isso é também uma ilusão do mental (por vezes eficaz), mas não é a solução.
A solução está no abandono à Luz, que se faz graças à ferramenta do silêncio.
O silêncio vai lhes permitir entrar em ressonância, muito mais rapidamente do que qualquer outra coisa, com a Luz autêntica que vocês são.
O mental vai tudo fazer para impedi-los, de uma maneira ou de outra, de encontrar o que vocês são, porque ele sabe muito bem que, quando o ser interior é revelado, o mental é submetido à vontade da Luz revelada.
Ele não desaparece.
Ele desaparecerá após a dissolução e após, se tal é seu desejo, a ascensão.
Mas o mental vai tornar-se, por sua vez, assim que vocês tiverem encontrado a interioridade, um servidor de sua consciência e não o inverso.
Vocês são seres multidimensionais, vocês são seres de Luz, isso vocês sabem, mas seu mental também sabe e ele sabe também que essa Luz põe em perigo a própria existência dele.
Ele vai, portanto, criar, ele mesmo, a própria luz.
Ele vai, portanto, criar, ele mesmo, as próprias oposições ou dualidades que vocês vão reencontrar em seu mundo exterior.
Então, o único modo de não se fazer prender por aquele que quer ser o mestre, mas que deve ser o servidor, é o silêncio.
Não há outra alternativa.
No alarido do mundo, a Luz que vem ao encontro da sombra e da materialidade não vem lutar, vem irradiar e ser.
A sombra não pode desaparecer no combate.
O combate faz parte da dualidade.
A ausência de combate é a unidade.
A Luz se basta a si mesma.
A consciência se basta a si mesma.
Enquanto vocês crêem e vivem o contrário é que o mental é seu mestre e não vocês.
Tudo é feito, nessa sociedade, para privilegiar o mental.
Tudo é feito, nessa sociedade, para mantê-los na privação de seus direitos divinos.
Tudo é feito, nessa sociedade, para mantê-los na ilusão.
E vocês participam disso.
Aí estão alguns elementos complementares ligados de maneira, certamente, um pouco abstrata, mas não é meu papel insistir nos eventos meteorológicos ou cósmicos.
Meu papel é conduzi-los a aceitar a interioridade e o silêncio.
Então, vou propor a vocês agora, todo esse discurso que tiveram através das palavras, fazê-los viver, agora, através do silêncio, antes de dar-lhes a palavra para o que vocês têm a perguntar.
... Efusão de energia...
Vamos agora abrir um espaço de interações através das palavras.
Eu lhes darei a resposta pelas palavras e, a cada vez, a resposta do silêncio e, num terceiro tempo, a resposta pela Luz.
Questão: a quê corresponde a música que se pode ouvir, mesmo no silêncio, em particular pela manhã, ao acordar?
Quando vocês vivem ou aproximam-se do silêncio, os momentos em que vão dormir, os momentos em que acordam são espaços privilegiados e interfaces entre o exterior e o interior.
Fazer o silêncio no exterior, estar no silêncio interior, é um estado.
Nesse estado não há o nada, há a música das esferas, há o som da alma e o canto da alma.
O que é percebido nesses momentos privilegiados é o espaço do canto interior, canto da alma e música das esferas.
Quando vocês não escutam mais o mundo exterior, os outros seres humanos, seu mental, e vocês estão nesse silêncio, o silêncio não é o nada, o silêncio é plano de Luz e a Luz tem um som.
A Luz autêntica tem vários sons que vão do som da alma revelada a si mesma até músicas das esferas e até planos os mais próximos da Fonte que, eles também, evoluem nesse som.
Assim, o que vocês vivem corresponde a isso.
Aí está agora a resposta pelo silêncio.
... Efusão de energia...
Eis agora a resposta da Luz.
... Efusão de energia...
Outra pergunta.
Questão: a noção de fluxo e refluxo de que você falou corresponde à reversão dos pólos?
Sim, em sua fase final.
A reversão é um momento, ao nível coletivo, onde se vive, de maneira muito precisa, a dissolução ou a persistência da precipitação ou da cristalização.
Entretanto, o que vocês vivem no interior deve ocorrer, não de maneira sincrônica à reversão do planeta, mas deve seguir uma linha diretora e uma preparação.
Vocês estiveram, durante todo este ano de seu tempo terrestre, no ano da preparação, através de seus caminhos individuais, de seus sofrimentos e de suas alegrias na dualidade.
Vocês viveram, todos, uma preparação para viver (se tal é seu desejo) essa reversão.
Compreendam, efetivamente, que, quando eu ilustro isso no interior de vocês, pela reversão do mental para a Luz, isso corresponde também a uma reversão em todos os sentidos.
Vocês estão na superfície da Terra, de um planeta, vocês estão, portanto, na exterioridade da vida.
A vida numa unidade pode ser feita apenas no interior e não no exterior, não unicamente de seu ser, mas também do planeta.
Aí está agora a resposta pelo silêncio.
... Efusão de energia...
Eis agora a resposta da Luz.
... Efusão de energia...
Outra pergunta.
Questão: por quê é difícil encontrar o silêncio, mesmo num lugar monástico, com mais forte razão na vida social, frente à doença?
Vocês não encontrarão jamais o silêncio interior num lugar dedicado ao silêncio exterior.
Alguns seres puderam, nesses espaços fechados, encontrar o silêncio interior e a própria divindade, mas eles foram excessivamente raros, em todas as religiões, porque esses lugares são uma criação de seu mental.
O silêncio interior é um processo de si consigo mesmo e não é, de maneira alguma, ligado a um lugar.
Sua crença os faz aderir ao fato de que vocês devem excluir-se do mundo para viver num lugar onde se vive o silêncio exterior, mas o silêncio exterior não é o silêncio interior.
Esses lugares são tipicamente (e eu falo de todas as religiões e de todas as crenças) lugares onde vocês podem aproximar-se vibratoriamente do estado interior, mas vocês ali não chegarão jamais.
Eu repito, o estado interior de silêncio não é dependente de circunstâncias exteriores sociais ou ainda de saúde.
A doença pertence a esse mundo manifestado.
Na finalidade, a doença é apenas o reflexo da dualidade que vocês vivem.
Querer extrair-se, por uma decisão mental, do barulho exterior, colocando-se num lugar de silêncio, tem apenas muito poucas chances de conduzir a fazê-los encontrar seu ser interior.
Vocês terão mais facilidades para viver e para descobrir esse estado de divindade na natureza, numa parada de toda atividade mental. Não há outra alternativa.
Vocês poderão passar milhares de vidas a se fechar em lugares propícios à oração, à meditação, sem, no entanto, encontrar o Pai.
Olhem em todos os modelos religiosos (quaisquer que sejam: orientais, ocidentais). O número de seres que realizaram a divindade é tão restrito que vocês os chamaram de Mestres no Oriente e de Santos no Ocidente.
Mas esses seres estavam já na interioridade antes de juntar-se a esses lugares de silêncio exterior.
Em outros termos, qualquer ser humano que tenha o desejo de escapar à dualidade irá refugiar-se nos lugares de silêncio exterior, lugares protegidos da agitação do mundo, mas é apenas uma transposição de um barulho a outro barulho, que é aquela de uma crença a outra crença.
Enquanto a mínima crença fizer parte de vocês, vocês não poderão encontrar a unidade e a divindade.
Assim é.
Trata-se, portanto, já, de uma aceitação de que o Pai não pode ser encontrado no exterior de si mesmos num lugar sagrado, mesmo se, em alguns casos, esse lugar possa ajudá-los, não para fazer silêncio, mas para sentir a eternidade.
Sentir a eternidade não é viver a eternidade.
Sentir a unidade não é viver a unidade.
Assim, vocês se encontram frente a uma parede.
Ora, uma parede estará sempre aí enquanto vocês não tiverem compreendido que o silêncio interior se faz no interior de vocês e não num lugar exterior a vocês, qualquer que seja.
Eu sei que isso pode ser extremamente difícil em relação às crenças construídas pelo ser humano, crenças na intercessão de um mediador entre vocês e o Pai.
Como vocês querem que haja um mediador entre vocês e o Pai?
Se vocês aceitam esse princípio, vocês cristalizam ainda mais a divindade.
Como viver a unidade enquanto vocês têm a mínima crença?
Olhem mesmo alguns personagens históricos.
Vou tomar aquele que vocês conhecem mais no Ocidente: Cristo.
Cristo mostrou-lhes o caminho.
Cristo veio permitir o que vocês vivem atualmente, mas em caso algum Cristo pode ser encontrado no exterior.
O personagem histórico foi grandemente falsificado pela dualidade e pelo mental dos homens.
O mental é ligado ao medo e ao poder.
O medo e o poder induzem a ainda mais dualidade.
Vocês não podem encontrar o Pai no poder.
Vocês não podem encontrar o Pai na agitação.
Vocês não podem encontrar o Pai nas histórias passadas.
O Pai está no eterno presente.
O Pai está presente em vocês, a todo instante.
Basta percebê-lo e tomar consciência.
Isso é muito mais simples do que quiseram fazê-los crer os sistemas religiosos.
Não há necessidade de milhares de vidas para realizar o Pai.
Há necessidade apenas do silêncio.
Ora, vocês buscam o silêncio no exterior, mas eu falei do silêncio interior.
Eis agora a resposta do silêncio.
... Efusão de energia…
Eis agora a resposta da Luz.
... Efusão de energia…
Outra pergunta.
Questão: a Luz interior poderia aparentar-se a uma percepção física de felicidade, de paz interior, de serenidade?
Quando vocês encontram a Unidade, a divindade, a Luz autêntica, esta vai manifestar-se à sua consciência como um estado de alegria interior, sem objeto, sem apoio, não ligada a algo de exterior.
A unidade é a paz.
A unidade é a felicidade.
A unidade é a certeza.
A unidade é evidência.
A evidência não requer qualquer questão.
A evidência não chama qualquer julgamento.
A evidência não chama qualquer dualidade.
A evidência da unidade basta-se a si mesma.
Quando vocês tocam esse espaço, é-lhes proposto, como ser humano no caminho, viver isso de maneira temporária, fazendo com que isso não seja um estado estabilizado, mas uma experiência.
Essa experiência está unicamente aí para encorajá-los e mostrar-lhes o objetivo.
Cabe a vocês, depois, decidir, saber se querem instalar-se nesse estado ou não.
A experiência da Luz tornou-se hoje possível nesse plano para muitos seres humanos, mas a experiência da Luz não é viver a Luz. A experiência da unidade não é viver na unidade.
Vocês viverão na unidade a partir do momento em que essa evidência seja uma certeza interior, para além da crença, para além de seu sentido de valores, para além daquilo em que vocês creem.
É um estado interior de certeza que poderia, efetivamente, aparentar-se ao que se chama felicidade.
Eis a resposta pelo silêncio.
... Efusão de energia…
Eis agora a resposta da Luz.
... Efusão de energia…
Outra pergunta.
Não temos mais perguntas. Agradecemos.
Eu lhes proponho, antes de retirar-me, transmitir-lhes novamente toda a minha paz e todas as bênçãos da Luz e viver um instante de comunhão com a Luz.
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