quinta-feira, 24 de maio de 2012
Por Suzanne Lie PhD
Em 23 de maio de 2012
Queridos, nós, Mytria/Mytre,
voltamos para
continuar nossa história.
Nós paramos com a
chamada de uma pequena voz interior fazendo cócegas em nossa consciência.
Após um período tão
longo de mudança, estabelecimento, lutas e partidas, nós perdemos quase todo o
desejo de profunda contemplação interior que havia sido nossa tônica.
Agora, com a paz e a
tranquilidade entrando em nossas vidas outra vez, nós estávamos retornando ao
nosso EU.
Mas,
quem era essa voz que tantos de nós estávamos ouvindo?
Era o nosso Espírito
de um modo mais tangível, ou
era uma versão do Eu a quem nós estávamos retornando?
Alguns de nós
estávamos ocupados demais com a vida cotidiana para colocar muita atenção
nestas perguntas.
Por outro lado,
aqueles de expressão feminina e introspectiva,
como Mytria, não
podiam ignorar as perguntas ou a voz interior.
Portanto, Mytria
contará sua história, pois nós éramos duas pessoas na época.
De fato, nós nem
tínhamos nos conhecido.
MYTRIA FALA:
Eu estava entre
aqueles que primeiro se excluíram juntos para nos conectarmos com nosso
Espírito, então, a voz interior não era tão pequena para mim.
De fato, minha voz
interior constantemente me assombrava e não me dava descanso.
Eu não podia dormir
e comer somente pela sobrevivência.
Portanto, fiquei
crescentemente cansada e finalmente doente.
Porém, nenhum dos
curadores conseguia determinar a causa da minha incapacidade de
dormir, extrema
sensibilidade ao alimento, dores nas juntas, tonturas e confusão.
Eles assumiam que
isso se dava porque eu estava exausta e recomendavam que eu voltasse para casa
para descansar.
Entretanto, o sono
não vinha.
Eu tossia, virava e
mantinha meus companheiros de casa acordados com minha constante confusão e
gemidos.
Finalmente, eles
chegaram em mim como uma unidade e sugeriram que eu passasse algum tempo em
algum dos novos Templos que estavam sendo criados.
A sugestão deles
trouxe pela primeira vez a paz interior que eu senti desde que a voz interior
começou a me dar instruções, o que parecia impossível de entender.
Na verdade, só foi
depois do momento da sugestão de meu amado amigo que eu percebi que na realidade
eu estava recebendo instruções.
Infelizmente, essas
instruções estavam numa linguagem que eu somente poderia receber como imagens,
metáforas, emoções e pensamentos dissociados.
Talvez um dos
Anciões que estavam estabelecendo os Templos pudesse me ajudar.
Eu já era quase uma
adulta, eu tinha apenas 70 anos dos seus anos (como eu disse,
nós vivemos muito mais do que vocês.)
Passei a maior parte
de minha vida numa Nave Estelar, pois nasci entre dois lares planetários
diferentes.
Apesar disso, por eu
ter sido criada com todas as histórias e era naturalmente MUITO
empática, eu sentia como se
eu tivesse vivido em cada experiência planetária.
Na verdade, me
disseram que eu estive nelas na época, pois minha vida parecia correr numa
sequência de constante nascimento,
morte, nascimento,
morte e nascimento de novo.
Quando criança eu me
lembrava dessas vidas tão claramente como me lembrava do que tinha feito no dia
anterior.
Porém, quando me
tornei uma adolescente, eu queria criar uma NOVA versão de mim ao invés de viver o
que parecia ser uma longa sequência da mesma versão de vida uma e outra e outra
vez.
Talvez, minha
confusão e tontura se dessem por causa de todas as outras vidas voltando a mim,
e todas de uma vez só.
Todas as vidas
pareciam estar me contando a mesma coisa e me levando à mesma destinação.
Porém, eu não podia
entender o que me era dito ou para onde eu estava sendo levada.
Desesperadamente eu
precisava de orientação.
Infelizmente, porque
nossos Templos ainda estavam em construção, nós tínhamos que marcar um encontro
para falar com alguém e aguardar por uma abertura.
Não usarei segmentos
de anos, meses ou dias, pois nós contamos o tempo de um modo muito diferente de
vocês, Apenas direi que fui forçada a esperar - e sofrer - pelo que me pareceu
um tempo muito longo.
Porém, meus
companheiros de residência deixaram bem claro que eu era uma influência
desagregadora de nossa unidade.
Todos tinham
encontrado suas posições na criação de nossa nova vida e trabalhavam dia e
noite para esse fim.
Eu, por outro lado,
não havia descoberto que minha voz interior me orientava e estava cheia de
emoções temerosas por causa de minha confusão interior.
Eu decidi que devia
ir para a Natureza e passar meu tempo,
sozinha, nas belas
cercanias de nosso novo lar planetário.
Consequentemente, na
manhã seguinte, antes do raiar do sol,
apanhei uma pequena "residência
portátil", que era similar às
suas "barracas", empacotei alguns alimentos básicos e uma única panela e parti para
os bosques.
Não fazia nenhuma
ideia para onde ia ou o que iria fazer, mas ao deixar minha mensagem para meus
companheiros de residência sobre minha destinação, eu senti um breve, muito
breve momento de paz.
Então parti em silêncio,
fechando a porta na minha primeira experiência de um lar planetário.
Visto que cresci
visitando novos planetas, luas e asteroides, minhas habilidades de
sobrevivência em terrenos desconhecidos eram excelentes.
Nunca pensei por um
momento que poderia estar em perigo.
Além disso, eu
sempre tive um apego ao solo de qualquer área que nós visitávamos.
De fato, isto era a
minha orientação, junto com os outros, que nos ajudaram a encontrar este lindo
mundo de abundância e paz.
Agora, eu não tinha
ideia para onde ia, por ser uma navegadora nata eu sabia como poderia voltar à
nossa pequena vila quando fosse hora do meu encontro no Templo.
Eu caminhei o dia
inteiro antes de encontrar um local abrigado onde montei minha barraca.
Com minha casinha
montada, sentei-me para comer o alimento que eu tinha embalado.
Eu trouxera alimento
somente para umas poucas refeições, pois não queria tomá-los de meus queridos
amigos.
Além disso, eu
estava confiante que poderia viver com o que o solo me daria.
Enquanto eu comia,
olhando para o céu cada vez mais escuro, eu me senti mais calma do que jamais
estive desde que minha voz interior começara a gritar em minha mente.
A comida
verdadeiramente estava gostosa e eu saboreei cada bocado.
Com toda certeza,
isto era um sinal de que eu tinha feito a escolha certa...
Em oposição, eu
despertei na primeira tempestade que passamos desde que aterrissamos neste
planeta.
Despertei agarrando
um pequeno cobertor e percebi que minha casinha tinha sido arrancada e meus
utensílios estavam espalhados por toda parte.
Alguns deles eu
nunca encontrei.
Eu desejei uma
aventura, mas tive muito mais do que eu considerei.
Eu sabia bem o que
era ficar numa tempestade, então peguei tudo que pude juntar e fui me abrigar
sob a aba de uma rocha suspensa.
Quando sentei
encostada à rocha, eu pensei.
Caminhei desde antes
do amanhecer e somente parei quando escureceu.
Então, fiquei
acordada até tarde vendo os novos sistemas solares no céu noturno.
Só podia imaginar
que foi por estar tão cansada que não vi nenhum dos sinais de uma grande
tempestade.
E,
por que não acordei mais cedo?
Talvez eu tenha
vivido tempo demais numa vila e tenha perdido o contato com a natureza.
Definitivamente
parecia que eu tinha perdido contato comigo mesma.
Visto que as estrelas
agora estavam invisíveis, e elas eram a forma de navegação que eu aprendi na
Nave Estelar, eu tinha de esperar até a tempestade terminar e o céu clarear.
Somente a grande
fadiga que havia sofrido por muitas rotações de nossas luas, pôde permitir que eu
caísse no sono no meio de uma tremenda tempestade.
Não sei quanto eu
dormi, se foi realmente dormir, pois minha mente estava vendo que o que
ocorrera até agora estava me iludindo.
Eu me lembro de repetidamente dizer em meu corpo noturno:
"Eu
preciso me lembrar deste sonho".
Despertei para um
dia maravilhosamente claro com esse pensamento na cabeça.
Porém, eu não
conseguia me lembrar do sonho.
Somente tinha as
mesmas imagens disparatadas que me assombravam desde que a voz começara.
Porém, o sonho
pareceu colocar essas imagens numa sequência,
que - claro - eu não
conseguia me lembrar.
Uma grande luz que
banhava meu corpo, secava minhas roupas e aquecia a pedra, me despertou.
Eu estava recostada
na pedra que me ofereceu abrigo da tempestade quando algo chamou minha atenção.
Quando olhei mais
atentamente, eu vi que a rocha brilhava como se um milhão de pequenas estrelas
estivessem integradas nela.
Estive em muitos
planetas e vi muitas paisagens, mas nunca tinha visto uma rocha como esta.
Decidi que, já que a
tempestade me trouxera até aqui, eu ficaria aqui, junto a esta rocha quanto
fosse necessário.
Porém, o que restara
de minha comida se fora, então tive de me lembrar de minhas habilidades
empáticas para encontrar água e "saber" o que era comestível.
Foram estas
capacidades inatas que me trouxeram o propósito na Nave Estelar, um propósito
que havia perdido desde que me estabeleci em nosso novo mundo.
A água foi
encontrada, a comida localizada, os céus noturnos mapeados e eu era - inútil.
Talvez esta seja uma
das razões porque passei por tanta dificuldade.
Não tinha encontrado
meu lugar na nossa sociedade.
Eu era jovem demais
para servir nos Templos e velha demais para ficar por aí, que foi o que eu
andei fazendo.
Não é surpresa que
meus companheiros de residência tenham se cansado de minha presença.
Com a ideia da minha
incapacidade de encontrar meu "lugar" eu caí no sono - ou foi em
uma profunda meditação?
Nós voltaremos e Mytria continuará sua história.
Mytria/Mytre.
Tradução para os Blogs SINTESE e
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO:
0 comments
Postar um comentário
Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.