quinta-feira, 21 de junho de 2012
A
História do Planeta Maldec
- Parte 5 e Final
O COMANDO
DO PRÍNCIPE ANDART
A
primeira ordem de Andart foi "Parem a matança em
Miradol imediatamente”
O general Hantbo-Crob respondeu:
A
matança em Miradol parou, meu senhor.
Não
há mais ninguém para matar.
Andart disse então:
Procure
príncipe Sant e o traga para cá.
Remova
todos os cadáveres do palácio e das áreas circunvizinhas.
Mande
seus soldados realizar suas eutanásias a pelo menos oito quilômetros do
palácio.
Ponha
Her-Rood na cama com um guarda para protegê-lo.
Providencie
aposentos para minha esposa e mim.
Encontre-me
um ou mais desses traquianos que fazem espionagem para os nodianos.
Não
os fira; quero que entrem em contato telepático com os nodianos para nós.
Foram
necessários mais de três dias para retirar os cadáveres do palácio e de seu
terreno.
Andart
e eu éramos mantidos informados a cada hora quanto ao estado de Her-Rood.
Durante
a noite de nosso quarto dia como os únicos governantes supremos da Terra,
príncipe Sant e seu amigo nodiano Opatel chegaram num carro aéreo graciano de
sua propriedade.
Foi
durante essa visita que Opatel tomou sob sua proteção Nizor de Moor e o
operador nodiano de espaçonaves Sivmer-Binen.
Sant
informou-nos que vários anciãos maldequianos não tinham cometido suicídio,
sendo diversos deles de hierarquia real mais elevada que Andart e ele.
Disse
que devíamos esperar a chegada deles dentro de dois dias.
As ordens deles para Sant foram:
Diga
àquele darmin, Andart, para imediatamente parar de dar ordens como um príncipe
quain.
Coloque
Her-Rood de volta no comando, não importa quais sejam suas condições físicas e
mentais.
Estamos
declarando lei marcial.
Rolander
e seu irmão Sharber devem ser considerados os generais krate de mais alta
patente.
Não
demorou nada para Her-Rood voltar a se embriagar.
Passava
o tempo principalmente supervisionando execuções, como as dos gracianos
Itocot-Talan e seu neto Tixer-Chock.
Os
anciãos de Maldec não apareceram no palácio de Her-Rood,
como
nos disseram, mas Rolander e Sharber sim.
Assumiram
o controle de todas as divisões do governo e começaram a reorganizá-las.
Sant
ficou encarregado de tratar com os nodianos e qualquer cultura de outro mundo
que pudesse ter interesse na Terra ou em nossas severas medidas de recuperação.
Andart
foi incumbido da tarefa de não perder de vista os milhões de seres de outros
mundos (marcianos,
sumerianos, waydianos e traquianos) que o nodianos estavam despejando no planeta.
Seu
trabalho resumia-se, na verdade, apenas a contar as pessoas e verificar onde
estavam morando.
A POLÍTICA
MALDEQUIANA PARA OS
SERES DE
OUTROS MUNDOS
Com
o correr do tempo (aproximadamente dois anos) as coisas
praticamente voltaram a ser como eram antes da explosão de Maldec.
Certo
dia, Andart e eu fomos convidados para um banquete realizado em honra dos
nodianos Opatel Cre‘ ator e da esposa de seu irmão Rayatis, Aranella Cre‘ator.
Era
uma mulher de maneiras majestosas e muito bela, e escutou atentamente tudo o
que foi dito naquela noite por Rolander, Sharber e Her-Rood.
Durante
o banquete, um krate veio lhe oferecer uma almofada,
sendo
asperamente empurrado pelo guarda-costas dela, o marciano Sharmarie.
O
marciano estava a ponto de espancar o krate com a pistola até a morte por ter
se aproximado sem a permissão de sua patroa.
A
Senhora Cre‘ ator rapidamente fez um sinal para o marciano que,
acanhado,
guardou sua arma no coldre e então passou a bater no krate com a almofada e a
chutá-lo no traseiro até que ele saiu correndo da sala.
Não
fora pelo desejo de Rolander e de Sharber de não ofender os visitantes
nodianos, Sharmarie teria sido atacado por tantos krates quantos fossem
necessários para matá-lo.
(Sharmarie acrescenta:
Não havia número suficiente deles num raio de
160 quilômetros daquele lugar para dar conta do recado!)
Em
várias ocasiões, a Senhora Aranella visitou-me enquanto seu cunhado, Opatel, e
Andart discutiam a situação da imigração de seres de outros mundos.
O
conselho regente maldequiano da Terra queria que a imigração de outros mundos
parasse.
Os
nodianos mantinham-se firmes na opinião de que nós,
maldequianos,
causáramos o problema em primeiro lugar, sendo responsáveis por cuidar das
pessoas agora sem lar do sistema solar.
Os
nodianos passaram, então, a nos ameaçar com medidas punitivas se de qualquer
forma feríssemos deliberadamente os imigrantes.
Essas
ameaças não caíram bem com o conselho regente.
Afinal
de contas, eles tinham ouvido apenas o embaixador nodiano Opatel Cre‘ator
fazendo essas ameaças em nome de seu meio-irmão desconhecido, Rayatis Cre‘
ator, bem como de outros dois nodianos invisíveis chamados Tare Vonnor e Carlus
Domphey.
Quem esses homens pensavam que eram‘?
Príncipe
Sant, que visitara Nodia, fez o máximo iara convencer o conselho regente a não
subestimar os nodianos nem o que eles poderiam fazer.
A resposta oficial do conselho regente ao príncipe
Sant foi:
Se estes
nodianos só tomarem medidas sérias depois de buscar uma luz afirmativa de
orientação divina do Criador de Tudo Aquilo Que Existe, então veremos se
receberão essa orientação divina para nos atacar.
Não
acreditamos na existência de luzes de orientação divina.
Acreditamos
que os nodianos usam este mito apenas para justificar suas ações perante os
outros.
Caso as coisas não dêem certo em relação ao que
fizerem aos outros, sempre podem dizer:
O
Criador de Tudo Aquilo Que Existe nos disse para fazer isto.
‘Como
acreditamos que os nodianos são oportunistas arrogantes que buscam apenas
riqueza material, continuaremos a conduzir nossos assuntos na Terra como bem
quisermos.
SENHORA
CRE’ATOR VISITA DOY
Num
dia em que meu marido Andart estava viajando para longe de casa, a Senhora Cre‘
ator veio visitar-me acompanhada apenas por Sharmarie, seu protetor marciano.
Durante
sua visita, conversamos sobre nossos respectivos mundos natais e sobre nossas
próprias histórias pessoais de vida.
Pouco
tinha a dizer sobre meu mundo natal de Maldec, pois o deixara logo em seguida a
meu despertar.
Contei-lhe
sobre minha mãe e irmã que pereceram quando Maldec foi destruído.
Contudo,
mesmo assim, eu pouco tinha a dizer sobre elas, pois vivera fisicamente em sua
presença durante algumas semanas apenas.
Ela
nada disse quando lhe falei que respeitava a coragem de meu pai de tirar a
própria vida depois que seus sonhos foram despedaçados junto com o mundo em que
nascera.
Ela
me contou que nascera de pais pobres, mas fora selecionada pelo sábio nodiano
Lincore para ir estudar, juntamente com outras crianças nodianas escolhidas, em
sua escola especial.
Foi
na escola de Lincore que ela conheceu seu futuro marido Rayatis Cre‘ator,
também uma criança de origem humilde.
Na
escola de Lincore, foi treinada para ser artista musical.
Exerceu
essa profissão por pouco tempo.
Lembro-me
de ter contado a Aranella que o povo da Terra frequentava escolas, mas nós,
maldequianos, despertávamos sabendo ler e escrever nosso idioma nativo, e
muitos de nós também despertávamos possuindo conhecimentos especiais com os
quais outros de nossa espécie não despertavam.
Posteriormente,
os que não tinham esses conhecimentos aprendiam associando-se aos que os
tinham.
Contei-lhe
também que minha irmã Sibrette despertara com o conhecimento pleno de
representação e canto.
Disse
que eu acreditava que elas teriam gostado muito uma da outra se tivessem se
conhecido.
A
Senhora Cre‘ator perguntou-me, então, com que propósito de vida eu despertara.
Era
uma pergunta que ninguém jamais me fizera, nem eu mesma.
Tentei pensar, mas só consegui responder:
Não
faço a menor idéia.
Enquanto
ela descrevia sua filha Falashakena, Sharmarie resmungou a meia voz.
Aranella disse ao marciano:
Você
a ama e sente falta dela como eu.
Admita.
Sharmarie
respondeu com profunda sinceridade na voz.
Sim,
eu a amo e sinto falta dela agora que ela se transformou numa jovem
inteligente.
Perguntei
por que sua filha não viera com ela para a Terra.
Contou-me
que sua filha e o meio irmão mais velho, Dreyfas, quase nunca saiam do lado do
pai.
Os
dois estavam sendo preparados para, algum dia, assumir o império comercial em
rápida expansão do pai.
Ao ouvir isso, Sharmarie disse:
Que os els de luz nos protejam a todos.
Atrevi-me,
então, a fazer à Senhora Cre‘ator duas perguntas que estavam me martelando a
cabeça.
Senhora
Cre‘ator, seu marido, Trare Vonnor e Carlus Domphey atacariam a Terra e
travariam guerra conosco, os maldequianos?
Respondeu
que o fariam imediatamente, sem qualquer hesitação caso recebessem uma luz
afirmativa de orientação divina para assim proceder.
Essa resposta levou à minha segunda pergunta, que
foi:
Você
me contaria sinceramente se existem luzes de orientação divina e se elas podem ser recebidas
por seres humanos?
Replicou
que as luzes de orientação divina eram uma realidade,
podendo,
contudo, ser alcançadas apenas por pessoas especiais que tivessem a capacidade
de perceber a vontade divina do Criador de Tudo Aquilo Que Existe.
Disse
que Lincore, antigamente seu professor, tinha adquirido essa capacidade
excepcional há muitos anos.
A
TEMPESTADE
Andart
não voltara para casa.
A
partir do amanhecer do oitavo dia de sua ausência, o céu começou a escurecer,
fato acompanhado de raios e trovões.
A
eletricidade foi interrompida e eu não tinha nenhuma luz.
Chamei
os criados, mas eles não responderam a meus pedidos constantes.
Acabei
encontrando algumas velas e sentei-me num divã, fitando por uma janela a
tempestade violenta.
Passaram-se
horas e então ouvi uma batida alta na porta de meu apartamento.
A
princípio pensei que Andart voltara para casa.
Quando
abri a porta, de pé diante de mim estava o marciano Sharmarie.
Perguntou
se Senhora Cre‘ator estava comigo.
Ficou
muito desapontado ao descobrir que não estava.
Pouco tempo depois, o encharcado e preocupado
marciano disse:
Venha
comigo, Senhora Doy.
Muitas
partes do palácio estão desmoronando.
Logo
não será seguro ficar em qualquer lugar aqui.
Não
queria partir e provavelmente desencontra-me de Andart quando ele voltasse para
casa, mas quando um grande galho de árvore atravessou voando a janela caindo na
sala, resolvi partir.
O
vento e a chuva agora entravam na sala
Sharmarie
e eu andamos pelos corredores escuros do palácio chamando a Senhora Cre‘ator e
Opatel.
Nossos
gritos eram inúteis, pois eram abafados por outras vozes que na escuridão
chamavam amigos e pessoas queridas, e convocavam criados a vir em seu auxilio.
Logo
começamos a bater e tropeçar em pessoas que tinham caído.
Afinal
alcançamos uma área do palácio com janelas que deixavam os clarões dos raios
iluminar temporariamente nosso caminho.
Ao
se aproximar da entrada principal, Sharmarie pediu que parássemos para esperar
que caíssem mais alguns raios.
Pensou
ter vislumbrado, à luz de um raio, a Senhora Cre‘ator em meio à multidão.
Tinha
razão.
Na
escuridão, ela estivera sem saber caminhando em nossa direção.
Quando
ela foi iluminada novamente, vimos que estava ao alcance da mão.
Sem
dizer palavra, Sharmarie colocou-nos as duas embaixo dos braços, carregando-nos
para fora do edifício, onde nos colocou no chão, protegendo-nos com o corpo do
vento e da chuva.
A
Senhora Cre‘ator perguntou a Sharmarie se ele sabia onde se encontrava Opatel.
Ele
respondeu-lhe não saber onde estava o cunhado dela, e sugeriu que ele poderia
estar em sua espaçonave.
Notamos
que havia um grande carro aéreo estacionado em frente ao palácio.
Corremos
até ele, reunindo-nos à multidão que tentava embarcar.
Como
demonstrou Sharmarie, é impossível ignorar um marciano aos berros brandindo uma
pistola.
Ele
logo tomou a si a tarefa de selecionar quem teria permissão de permanecer ou
embarcar no carro aéreo.
Depois
de expulsar vários krates do veículo e de afastar outro tanto deles do cano,
mandou a Senhora Cre‘ator e a mim para a frente do carro com ordens de
guardar-lhe um lugar.
Assim
que sua seleção pessoal de passageiros foi concluída,
fechou
a porta.
Depois
de ir para a frente do carro, gritou ao piloto terráqueo que levantasse vôo.
Por
ordem de Sharmarie, o piloto voou para o lugar em que a espaço-nave de Opatel
Cre‘ ator estacionara.
Quando
chegamos ao local, descobrimos que a nave se fora.
Ficamos
voando durante horas, até o exausto piloto já não conseguir manter o controle
da nave que estava sendo atingida e muito avariada por escombros voadores de
todo tipo.
Ao
aterrissar, a Senhora Cre‘ator e Sharmarie decidiram sair da nave e procurar
algum outro tipo de abrigo.
Decidi
ficar a bordo do carro aéreo.
Estava
assustada demais para me mexer.
Depois
que meus amigos partiram, o carro começou a girar em cima da lama.
As
luzes elétricas do carro se apagaram.
Então
tudo, coisas e gente, que havia dentro do carro caiu para a parte de trás do
veículo, fazendo essa parte tombar na beirada de um precipício muito alto.
O
carro aéreo chocou-se várias vezes contra a rampa do precipício antes de bater
no solo rochoso do fundo.
Na
hora do impacto final do carro aéreo com o solo, meu pescoço se quebrou e eu
morri instantaneamente.
Este texto é parte do livro Conexões
ET - Através de Olhos Alienigenas.
Wesley H. Bateman, Telepata da Federação.
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