QUARTA-FEIRA, 19
DE JUNHO DE 2013
O médium baiano Ariston Santana Teles tem
certeza absoluta e inquestionável de que incorpora o espírito de Chico Xavier.
Em entrevista especial ao JORNAL DE UBERABA, ele revela como
seria a sua relação com Chico e o que o faz não duvidar de que o espírito seja
mesmo do médium mineiro, morto há cinco anos.
Há pessoas, segundo ele, que
imaginavam e ainda imaginam que devido ao seu nome e à sua fama, Chico deveria
enviar uma mensagem de impacto, falando de ciência, de política, de coisas
difíceis.
Entretanto, diz, a mensagem dele é a
de sempre: de paz e amor.
Ele não nega que existam sinais para
as mensagens psicografadas do médium serem reconhecidas.
"Eu não psicografo.
Chico fala através de mim".
Confira a íntegra da entrevista.
JORNAL DE UBERABA – Em entrevista à revista IstoÉ, da semana passada, o senhor
disse que incorpora o espírito de Chico Xavier
O senhor o conheceu?
Conviveu com ele?
Ariston
Santana Teles – Conheci e convivi.
Éramos e somos muito amigos.
Também trocamos correspondências,
cartas diversas.
Houve coisas curiosas nestas
correspondências, inclusive.
Algumas delas ele ficava sabendo o
conteúdo antes de eu enviá-las.
O que ocorre é que as pessoas de um
modo geral vêem Chico Xavier como mito,
ou como celebridade.
JU – E como o
senhor o vê?
Ariston
– Eu vejo Chico como um amigo.
É como se ele fosse meu pai.
Aliás, isso não deve ser
exclusividade.
Muitos devem ter essa mesma sensação.
Chico foi nosso paizão.
Aquilo que nosso pai biológico
porventura não nos oferecia, Chico abria o coração e nos brindava com alegria e
amor.
Nossa relação sempre foi de amizade
profunda, realmente.
Nunca o tratei como santo, nem como
mito.
Nunca houve distância no nosso
relacionamento.
Sempre houve uma relação verdadeira e
de respeitosa amizade.
JU – Mesmo sendo Chico Xavier o médium
mais famoso do Brasil, o senhor conseguia se manter igual, sem
endeusá-lo?
Ariston
– Exatamente.
Esse é o grande nó da questão.
O que está causando surpresa ou
impacto ou até mesmo incredulidade nas pessoas quanto à incorporação é o fato
de Chico Xavier ter sido endeusado,
embora ele sempre tenha contrariado
esse comportamento das pessoas.
O endeusamento incomodava Chico e
afastava seus verdadeiros amigos, que se incompatibilizavam com o ambiente.
Ele sempre fez questão de se colocar
como gente, como ser humano, mas as pessoas em geral lhe roubaram o direito de
ser gente, ou seja, de ficar à vontade, de ser livre para ir a uma praia, a um
jardim, uma pizzaria, perdeu a liberdade por conta dessa situação mítica.
Segundo as mensagens que ele passou a
nos oferecer, a desencarnação dele foi um ato de felicidade e muita alegria.
JU – O que ele
teria pedido nessas mensagens no pós-morte?
Ariston
- A primeira coisa que ele pediu foi a
oportunidade de ficar por aqui mesmo, no meio de seus amigos.
Claro, em uma outra dimensão, com
muito mais liberdade e descontração,
entretanto, entre as pessoas que ele
sempre amou.
Então, Chico está presente.
Falta às pessoas de um modo geral
aquilo que talvez esteja acontecendo em mim e noutros
companheiros: a
abertura de sentimento.
Abrir o coração com sinceridade, com
descontração, com alegria e dizer:
Chico, nós te amamos, com
desprendimento e sem mistério.
JU – Como o senhor classifica
a presença de Chico Xavier?
Ariston
– A presença de Chico é paz.
Há pessoas que imaginavam e ainda imaginam que Chico
Xavier, por seu nome, por sua fama, deveria voltar para trazer uma mensagem de
impacto,
falando de ciência, de política, de coisas difíceis.
A mensagem dele é a de sempre: de
paz e amor..
Antes ele trabalhava como médium e agora trabalha como
espírito, mudou simplesmente a dimensão.
JU – Quando teriam começado as
comunicações dele por seu intermédio?
Ariston
– Na verdade começaram antes da desencarnação dele.
Isso é uma coisa muito interessante e muito bonita de se
saber.
Na terça-feira anterior ao domingo que desencarnaria, ele
esteve em espírito na nossa instituição (Monte Alverne, em Brasília, no
Distrito Federal).
Médiuns viram, principalmente um senhor muito idôneo,
chamado Antônio Emídio.
Chico apareceu em espírito, o corpo dele em Uberaba.
Estava lá para nos visitar em um trabalho de passe chamado
"Anel de Luz".
Percebendo que Emídio o via, pela clarividência, Chico
pediu que ele avisasse às pessoas da instituição dizendo assim:
"Eu estou de partida.
Entretanto, o meu trabalho vai continuar".
No domingo chegou a notícia de que ele havia morrido.
JU – Quanto tempo depois ele
teria feito a primeira comunicação?
Ariston
- Na primeira quinta-feira, após a morte dele, em uma reunião de
preces.
Incorporei o espírito dele sem saber de quem se tratava.
Ele não passou mensagem nenhuma.
Fez uma prece sentida, em voz baixa, pedindo vibrações
especialmente em favor dos entes queridos, aqueles mais próximos, que ele havia
deixado na Terra.
Vou dizer a você e, pela primeira vez, publicamente:
naquela incorporação,
eu, em estado semiconsciente senti no peito, no lado
esquerdo, uma dor fina que se espalhou pelo meu corpo de forma horizontal e
pelos meus braços.
O espírito se afastou, desligou-se do meu psíquico e em
seguida veio outro chamado Dr. Aníbal, médico
na espiritualidade, que incorporou também e disse: "O
médium aqui nesta noite serviu de esponja para que o nosso querido Chico Xavier
deixasse definitivamente na Terra todas as suas impressões de dor.
Agora ele está definitivamente livre".
JU – E o que significaria
aquela dor fina que o senhor sentiu no peito?
Ariston
- Aquela incorporação me trouxe as sensações de angina, que foi o
problema de Chico.
Foi a última dor que ele sentiu.
JU – Percebo que o senhor tem certeza
absoluta de que incorpora mesmo o espírito de Chico Xavier.
Ariston
– Certeza absoluta, inquebrantável, inabalável...
Se a Terra tivesse seis bilhões e um habitantes, ainda que
seis bilhões de pessoas digam que é mentira, eu, mesmo que seja o único, vou
levantar a voz e dizer: é verdade, e continuarei com a
consciência tranqüila.
JU – Como o senhor avalia
a polêmica envolvendo o fato de que Chico Xavier teria deixado um
código para ser reconhecido nas mensagens no pós-morte?
Ariston
- Tem fundamento essa discussão.
Chico confirmou como espírito que deixou realmente alguns
sinais que definiriam ou confirmariam a sua presença, mas em mensagens
psicografadas.
JU – Que não é o seu caso, já que o
senhor o recebe através da psicofonia ou incorporação.
Ariston
- Exatamente.
No meu caso, me sinto invadido, dominado pelo espírito de
Chico Xavier.
Ele toma conta de mim, entra e fala pela minha boca,
livremente.
JU – Chico estaria feliz de
falar através do senhor?
Ariston
– Sim, feliz porque está tendo a oportunidade que merece e quis.
Imagine um médium que viveu toda a sua existência
transmitindo mensagens dos mortos morrer e não ter a mesma chance de usar
algum médium pra dizer pelo menos aos seus amigos:
"Olha, gente, estou vivo, a imortalidade é um
fato".
Ele tem dito isso, mas parece que muitos não querem ouvir.
Mesmo considerando o movimento espírita, parece haver uma
cortina de ferro entre o nosso plano e a dimensão espiritual.
JU - Como se para incorporar o
espírito dele a pessoa devesse ser excepcional ou um gênio?
Ariston
– Isso, ou então, que a incorporação tivesse de acontecer em uma
organização venerável, consagrada.
Ele está realmente se manifestando em Brasília, como deve
estar comparecendo e visitando muitos médiuns em outras instituições.
Nosso centro é um lugar simples e lá Chico se sente amado.
Chegou o momento de abrir as gavetas para dizer e mostrar
tudo o que aconteceu nestes cinco anos.
Digo que chegou o momento porque estamos autorizados pela
espiritualidade.
JU - O senhor não
teme a possibilidade de começar a vivenciar aquela situação de falta de
liberdade de que reclamava Chico?
Ariston
- Eu não tenho semelhança nenhuma com
Chico Xavier.
Ele foi uma alma santa.
Na condição de gente ele foi uma
pessoa santa.
E eu sou uma pessoa comum.
E adoro ser assim.
Ninguém espere de mim qualquer
semelhança com Chico Xavier, um missionário da mediunidade.
Houve e há entre nós dois uma grande
amizade.
Houve cartas que escrevi que não
precisaram chegar até ele.
Uma sintonia sublime.
Ele sabia até o fundo musical
enquanto eu escrevia.
Ele tinha uma hipersensibilidade e
capacidade mediúnica que ninguém mais tem.
Estou longe de ser comparado a ele,
como médium e como gente.
Chico foi grande em tudo e meu
comportamento diante dele é de respeito.
Eu quero, terminantemente, acatar,
obedecer e seguir a orientação desse nobre espírito chamado Chico Xavier.
JU - À revista
Istoé, apenas um dos entrevistados disse que acreditava ser real a sua
incorporação de Chico Xavier.
Ariston
- Houve uma pessoa, por sinal, aqui
de Uberaba, um médico, o dr. Elias Barbosa.
Até então não tínhamos laços de
amizade.
Estive com ele no passado apenas uma
vez, circunstancialmente, de passagem,
mas ele ouviu uma mensagem mediúnica
de Chico e sentiu no seu coração que era verdadeira.
E ele teve a coragem de falar
favoravelmente desse fenômeno, enquanto à mesma revista outros entrevistados
preferiram manter certa distância e incredulidade.
JU - Qual é a
sensação de ser médium de Chico Xavier?
Ariston
– Ser médium de Chico Xavier não
significa exclusividade e nada especial para mim.
Significa duas coisas: provação e alegria.
Provação na medida em que eu me
preocupe com as críticas e com o julgamento dos outros, porque as vibrações
antagônicas geram constrangimento, conflito se não dentro do meu coração, no
nosso trabalho, mas é, ao mesmo tempo, uma grande alegria me deixar incorporar
por uma luz, por um mensageiro da paz infinita.
Alegria na medida em que eu me coloco
na sua aura bendita para continuar trabalhando no clima que ele adora: do amor,
da alegria e da paz. Ele tem um coração que transborda amor. Chico é uma
bênção!
Audios com as comunicações de Chico
xavier, através de incorporação
Video no youtube
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária
Pelo Projeto
Vôo da Águia
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