OVNI:
CASO VICENTE
LUCINDO
terça-feira,
8 de outubro de 2013
Este
é um caso pouco conhecido dos ufólogos brasileiros.
O trecho a seguir foi publicado no livro:
A História do Ocultismo Século XX:
Ciência e Futurologia; página 283 - 289:
"Acontecido aqui mesmo no Brasil, há um caso inédito do
aparecimento de um OVNI, cujos tripulantes entraram em contato com um simples cozinheiro
e lhe fizeram uma revelação espantosa, que se confirmou plenamente.
O fato é absolutamente desconhecido dos aficcionados do assunto
em nosso país, e muito menos no exterior.
Aconteceu no ano de 1939, uns dois ou três meses antes
do início da Segunda Guerra Mundial.
Na época não se falava em discos voadores e nem eles eram vistos
com freqüência com o qual passaram a se mostrar nos anos pós-guerra.
Distante
cerca de quinze quilômetros da sede do município de Coroaci, estado de Minas
Gerais, num local conhecido como a Serra do Gordo, uma família de garimpeiros
tentava descobrir uma jazida de mica, minério de grande ocorrência na região e
muito procurado então por vários países do mundo inteiro, principalmente os
Estados Unidos, Alemanha e Japão.
O
Brasil foi um grande exportador de mica nos anos que antecederam a guerra.
Desde o início do ano (1939), a família
Lucindo, composta de pai, três filhos rapazes e um genro do velho João
Lucindo, abria túneis seguidos na Serra do Gordo, sem conseguir acertar o
minério que forçosamente, deveria estar no interior da serra, tendo em vista as
suas inúmeras aflorações superficiais na zona explorada.
Em
meados de julho, João Lucindo,
seus filhos e o genro começavam a desanimar com a exploração, mesmo porque os
seus recursos já estavam praticamente esgotados.
Aquela
face da serra, sujeita ao sol da tarde e portanto mais propícia a conter as
esperadas concentrações do minério, já fora furada por túneis de 40, 50 e mais
metros de profundidade, em diversos níveis, mais alto e mais baixo, e nada
compensador fora encontrado.
Vicente Lucindo, o mais novo dos três irmãos, era o
cozinheiro do grupo.
Como a barraca que habitavam fora construída a meia altura da
serra, ele tinha um logo percurso de descida e subida para se abastecer da água
necessária para a sua cozinha e para o abastecimento pessoal de todo o grupo
durante o dia.
A pequena nascente ficava no fundo de uma grota que se formava
no sopé da serra.
Naquele dia de julho, Vicente se atrasara em seus afazeres e o
jantar saíra muito tarde.
Ele ainda tinha que ir buscar pelo menos uma lata de água para o
café da manhã seguinte, além da que era necessária para que seu pai e os outros
fizessem sua precária higiene matinal antes de se dirigirem para o trabalho.
Começava
a escurecer e a lua crescente já aparecia sobre o topo da montanha quando o
cozinheiro, lata vazia na mão direita, espingarda cartucheira dependurada ao
ombro, começou a descer a trilha íngreme que o levaria à nascente.
A
espingarda poderia proporcionar-lhe alguma caça para o dia seguinte.
Àquela
hora não seria difícil que ele surpreendesse um tatu,
um
coelho, se tivesse mais sorte até uma paca,
atravessando
distraidamente o seu caminho.
Também
não era difícil que uma onça pintada estivesse traiçoeiramente escondida entre
a capoeira grossa, a cavaleiro da nascente, à espreita de jantar qualquer presa
de carne que andasse menos prevenida por aqueles solidões, naquele início de
noite.
Vicente Lucindo e seus companheiros estavam acostumados a escutar os
seus fortes miados nas bocainas da serra, quase todas as noites, quando já
estavam recolhidos em suas camas rústicas.
Muitas
vezes viram-lhes os rastros nas imediações de sua frágil barraca de pau a
pique.
Mas
naquela especial noite de julho ele teria um encontro inesperado, com seres
estranhos, contra os quais a sua famosa e respeitada espingarda cartucheira de
nada valeria.
E foi assim que ele contou a sua incrível história, que a
confirmação física de um dado tornaria verossímil:
'Quando me aproximava da nascente, comecei a ouvir um silvo
prolongado, uma espécie de `zziiiiiii` que não fui capaz de
identificar com coisa nenhuma conhecida, nada que eu já tivesse ouvido.
Comecei a olhar para um e outro lado da trilha, para trás e para
frente à procura do que estaria produzindo aquele ciciado.
Lembrei-me de olhar para cima e não vi nada.
Então pensei que talvez estivesse com algum problema nos
ouvidos.
Parei à beira da nascente e coloquei a lata no chão.
Já escurecera de todo, mas a claridade da luz passando entre as
copas das árvores me permitia uma boa visão do local.
Lembro-me bem de que eu estava aborrecido e intrigado com o
ruído que continuava incessante em meus ouvidos.
Abaixei-me para encher a lata de água na bica baixa que tínhamos
colocado na nascente.
Foi então que notei uma claridade diferente no local.
Larguei a lata de repente e me levantei com a espingarda na mão,
fiz meia volta em direção à trilha, pronto para disparar contra qualquer coisa
que aparecesse. eu tivera a impressão que a claridade fora provocada pelo foco
de uma grande lanterna de pilhas, dessas que funcionam com 4 elementos e que
muitos garimpeiros apreciam ter para suas saídas noturnas.
'Verifiquei
rapidamente que não havia ninguém nas imediações e que eu me encontrava sempre
no centro do círculo de claridade, que calculei que ter uns cinco metros de
diâmetro.
Interessante
foi constatar que embora eu me movesse para um e para outro lado, para frente e
para trás, permanecia sempre no centro do círculo.
Aos
poucos notei que já não podia me mover do lugar onde eu me encontrava, como se
meus pés estivessem colados ao chão da clareira.
E foi
então que eles apareceram.
'Dois homens altos, tendo no mínimo 1,80 m de altura, pois eram
mais altos do que eu, que tenho 1,75 m, com uma espécie de malha metálica
cobrindo seus corpos desde os pés até o pescoço.
Não pude distinguir bem os seus rostos, envolvidos em uma
claridade que me ofuscava, mas pelo que pude perceber eram rostos humanos
normais.
De repente entendi que estavam me dando uma ordem e olhei para
cima: não vi as copas das árvores e, a uma altura de talvez uns
cinqüenta metros, pairava um objeto parecendo um enorme prato de fundo para
baixo, que girava sobre si mesmo sem sair do lugar e era dele que vinha o silvo
que eu escutava.
'A
seguir, ainda olhando para cima, como que magnetizado pelo foco de luz que
descia do estanho prato, vi que no seu fundo se abria uma espécie de escotilha
através da qual pude perceber claridade intensa dentro dele.
Percebi
que um, não me lembro bem se os dois, dos seres estranhos que estavam comigo em
terra, pegou-me pelo braço e subi com ele, com uma sensação de que estava sendo
sugado e entramos pela escotilha da nave misteriosa.
Pareceu-me
ter entrado num imenso laboratório que poderia se prestar para inúmeros fins.
Comecei
a sentir certo embotamento nos sentidos, mas percebi bem que me despiam e que a
seguir fui submetido a diversos exames fisiológicos.
Entendi
também que um deles me dizia que nada de mal iria me acontecer e que eles iriam
prestar a mim e a minha família um grande benefício
'Depois só me lembro de estar chegando de volta a nossa barraca,
com a lata cheia de água na cabeça, a minha espingarda no ombro e sem sentir
nenhum cansaço pela longa subida.
Meu pai e um de meus irmãos já estavam para ir a minha procura,
pois eu me demorava mais do que o tempo costumeiro.
Na verdade eu me perguntava sobre o benefício que o estranho me
prometera fazer à nossa família, enquanto inventava uma história de uma longa
perseguição a uma paca, para explicar a minha demora.
Não estava nada disposto a sofrer a incredulidade crítica de meu
pai, de meus irmão e de meu cunhado, caso lhes contasse o que verdadeiramente
acontecera comigo.
Iria ser motivo de chistes e risadas deles durante muito tempo.
No entanto, se houvesse tal benefício, aí sim, eu poderia
revelar o episódio de que fora protagonista.
'Pouco
depois fomos deitar, mas não consegui dormir.
Primeiro
pelo próprio acontecimento que acabava de ocorrer comigo, segundo porque
insistia em rememorar o que aqueles seres estranhos tinham feito comigo no
interior da nave, e principalmente, procurava lembrar-me de alguma coisa
especial que me tivessem falado.
Já
era madrugada, o dia não tardaria a amanhecer,
quando,
não sei se dormindo ou acordado, lembrei-me de que um dos
extraterrestres me dissera:
`Abram
um túnel do outro lado da montanha, no mesmo nível e a 10 metros à direita de
uma grande rocha que encontrarão lá sem grande trabalho.
Sigam
com o túnel em linha reta para o interior da montanha e antes de atingirem a
profundidade de 30 metros vão encontrar muito minério de malacacheta`
'Lembrava-me bem de ter ouvido o estranho personagem dizer `malacacheta`
e não `mica`, como nós dizíamos.
Mas eu sabia que a significação era a mesma.
Como eu poderia dizer isso a meus companheiros?
Depois de muito pensar no assunto, resolvi falar sobre um
hipotético sonho que tivera, durante o qual a revelação me fora feita.
Mas antes de fazer isso, eu fui sozinho procurar a rocha.
Para minha surpresa e alegria, não foi difícil encontrá-la.
Então eu não fora, como estava desconfiado, vítima de uma
desconcertante alucinação.
Contei a meu pai o 'sonho` e
ele foi comigo do outro lado da montanha para ver a grande pedra que eu tinha
descoberto.
No mesmo dia começamos a abrir o túnel de exploração 10 metros à
direita dela.
Menos de um mês depois, com 27 metros de profundidade
encontramos o minério e, como me fora dito pelo extraterrestre, em grande
quantidade.
'Só
então contei a meu pai e a meus irmãos o meu encontro com os seres de outro
planeta e a minha estada na sua nave.
Falhei-lhes
da revelação que me fora feita e que acabávamos de comprovar exata com a feliz
descoberta do minério.
Mas
eles me olharam incrédulos e preferiram achar que tudo não passara realmente de
um sonho.
Mas
eu tinha certeza de que não sonhara.
Estivera
realmente numa nave extraterrena em companhia de seus tripulantes.
No
entanto se eu insistisse no fato verdadeiro, à época em que se passou, teria
sido taxado e, o que é pior,
considerado
fraco do juízo.
Mas
para minha tranqüilidade, vivi até o tempo em que os aparecimentos desses
objetos voadores desconhecidos e os contatos com seus estranhos tripulantes
tornaram-se bastante comuns em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.'
Vicente Lucindo morreu no ano de 1970, pouco depois de ter
me revelado o que acabo de narrar.
Havíamos combinado sua vinda ao Rio de Janeiro, onde eu
pretendia pô-lo em contato com alguns ufólogos para que seu caso pudesse ser
devidamente levantado e cadastrado nos arquivos da ufologia brasileira.
Sua morte frustrou a nossa intenção, mas não me impediu de fazer
a revelação de sua estranha experiência."
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