KENNETH SCHMITT“O ALQUIMISTA DE ELYSIUM”SEGUNDA FEIRA 18 DE AGOSTO DE 2025Elara
vivia em Elysium,
uma cidade envolta na sombra das ansiedades coletivas de seus habitantes.
Cada
cidadão carregava um fardo invisível — uma “Sombra”, como a chamavam — um nó energético
de suas crenças mais profundas, não reconhecidas e limitantes.
A
sombra de Elara era um véu cintilante e translúcido que sussurrava dúvidas
sobre seu talento artístico, convencendo-a de que suas pinturas estavam
destinadas à obscuridade.
Ela
ansiava por pintar com os tons vibrantes que via em seus sonhos, mas sua mão sempre
vacilava, guiada pela paleta opaca de sua insegurança.
O sábio
ancião da cidade, Kahu Ipo, falava frequentemente da “Canção do Coração”, uma melodia
interior capaz de despedaçar as Sombras.
Ele
ensinava que o medo era o verdadeiro arquiteto de suas limitações e que seus
sentimentos interiores e as qualidades de seus pensamentos e emoções são a
chave para revelar o verdadeiro potencial das pessoas.
Elara,
como muitos, ouvia, mas tinha dificuldade para internalizar suas palavras.
A
Sombra de Elara, sempre presente, reforçava a noção de que tal sabedoria era
para os outros, não para uma artista medíocre como ela.
O
ENCONTRO COM MYHE
Um dia,
um menino se aproximou de Elara.
Sua
Sombra era pequena e quase invisível.
Seu
nome era Myhe.
Ele
pediu que ela pintasse um retrato de seu animal de estimação, um pássaro
vibrante e iridescente.
Quando
Elara começou, sua Sombra se intensificou, sussurrando suas críticas habituais.
Mas
Myhe, com sua fé inocente e inabalável nela, irradiava uma alegria pura e de
alta frequência.
Sua
presença contrastava fortemente com seu monólogo interior.
Elara
notou que, quando se concentrava na excitação genuína de Myhe, sua Sombra
parecia se dissipar, seus sussurros, menos potentes.
As
palavras de Kahu Ipo ecoaram na mente de Elara:
“Se julgamos alguém, somos essa pessoa em nossa consciência maior e
aplicamos esse julgamento a nós mesmos inconscientemente.”
Elara
percebeu que vinha se julgando, impondo suas próprias limitações.
Ela
estava tão focada em suas falhas percebidas que não permitia que o fluxo
natural da criatividade se expressasse.
Decidiu
aplicar a sabedoria de Kahu Ipo a si mesma.
Em
vez de julgar suas pinceladas, começou a infundi-las com compaixão, com a mesma
aceitação que ofereceria a uma criança em dificuldades.
Enquanto
pintava, ela intencionalmente transferiu seus pensamentos da autocrítica para a
apreciação do próprio ato de criação.
Concentrou-se
nas cores vibrantes do pássaro de Myhe, permitindo que sua intuição guiasse sua
mão.
Quanto
mais ela abraçava esse estado positivo e de alta frequência, mais sua Sombra
recuava.
Ela
não desapareceu completamente, mas seu domínio se afrouxou, seus sussurros se
desvanecendo em um som distante.
Suas
pinceladas tornaram-se mais ousadas, as cores em sua tela refletindo a
vivacidade de sua visão interior.
Quando
o retrato ficou completo, era uma obra-prima.
O
pássaro pareceu saltar da tela, suas penas brilhando com uma luz sobrenatural.
Myhe
ofegou, com os olhos arregalados de admiração.
Elara
olhou para sua pintura, depois para suas mãos e, finalmente, para o tênue fio
quase transparente que outrora fora sua Sombra opressiva.
O
RENASCIMENTO INTERIOR
Ela
entendeu então que sua experiência exterior havia de fato mudado, não porque
seu ambiente havia se transformado, mas porque suas intenções poderosamente
direcionadas, alinhadas com a Canção do Coração de seu Ser, haviam transformado
sua realidade interior.
Ela
não era mais apenas uma pintora; era uma alquimista de sua própria existência,
capaz de transformar a dúvida em criação deslumbrante, uma pincelada compassiva
de cada vez.
Elysium,
ela percebeu, não era uma cidade de sombras, mas uma tela aguardando suas
verdadeiras cores, esperando que cada habitante se tornasse seu próprio
alquimista.
Canal:
Kenneth Schmitt
Fonte primária: https://www.consciousexpansion.org/
Tradução: Sementes das Estrelas / Isadora Delya
Damasceno Branco
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2025/08/kenneth-schmitt-o-alquimista-de-elysium.html


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