22 DE ABRIL DE 2013
OS 22 SINAIS QUE MOSTRAM O PLANETA
TERRA EM APUROS
MUNDO
EM TRANSE
São Paulo - Para muitos, a mudança
climática pode parecer um problema distante, vago e
complexo a ser resolvido pelas próximas gerações.
Mas o ritmo das transformações pelas quais o mundo vem passando
está se acelerando e seria um perigo ignorar isso.
“São mudanças que deixam marcas reais e muitas vezes doloridas
sobre as pessoas, os animais, os ecossistemas e os recursos naturais dos quais
todos nós dependemos”, afirma a campanha mundial lançada neste 22
de abril em homenagem ao Dia da Terra.
Conheça nos próximos slides alguns dos sinais de que o planeta
está passando por maus bocados e de que a humanidade pode ser tão culpada
quanto vítima dessa transição.
22
sinais de que a Terra está em apuros
(e nós também)
NESTE DIA DA TERRA, CONHEÇA ALGUNS DOS
SINAIS QUE INDICAM QUE O PLANETA ESTÁ PASSANDO POR MAUS BOCADOS E QUE A
HUMANIDADE PODE SER TÃO CULPADA QUANTO VÍTIMA DAS MUDANÇAS
ESTA
CADA VEZ MAIS QUENTE
O ano de 2012 foi o nono mais quente desde que os
cientistas começaram a registrar a temperatura da Terra, em 1850, somando-se à série histórica de anos com
temperaturas recordes – registradas entre 2001 e 2011.
A média da
temperatura do ano passado foi de 14,6 graus, 0,8 grau a mais que em 1880,
segundo análise da Nasa.
Com o
aumento das concentrações de gases efeito estufa a situação pode piorar.
DESERTIFICAÇÃO AFETA 168
PAÍSES
A transformação de áreas em desertos é
um fenômeno que já afeta 168 país no mundo hoje,
ante 110 nações duas décadas atrás. Só na África, a
degradação da terra compromete entre 4% e 12% do PIB agrícola, segundo
projeções da ONU. Nos EUA, a seca severa já custa 490 milhões de dólares ao ano
e afeta uma área três vezes o tamanho da Suíça
ZONAS MORTAS
Atualmente,
existem cerca de 500 zonas mortas no mundo, que cobrem mais de 245 mil
quilômetros quadrados, quase a superfície inteira do Reino Unido.
São zonas
litorâneas onde a vida marinha foi praticamente sufocada pela poluição.
EMISSÕES NÃO PARAM DE SUBIR
As
emissões de gases de efeito estufa, vilões do aquecimento global, não param de
crescer. Elas alcançaram novos níveis recordes em 2011, segundo a Organização
Meteorológica Mundial. Para se ter uma ideia, as emissões de CO2 subiram 2,5
por cento em 2011, atingindo 34 bilhões de toneladas.
Já a sua concentração na atmosfera aumentou no 2,0 ppm
(partes por
milhão),
depois de
subir 2,3 ppm em 2010. O CO2 é responsável por 85% do aquecimento global
registrado nos últimos 10 anos.
ENERGIA
DE HOJE É TÃO SUJA QUANTO HÁ 20 ANOS
O
desenvolvimento mundial das tecnologias de energia limpa continua bem abaixo do
nível necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas,
advertiu a
Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório anual sobre o progresso de fontes
limpas.
Na prática,
os investimentos bilionários já realizados em prol de tecnologias mais limpas
está sendo anulado pelo crescimento do uso de fontes sujas.
Para se ter
uma ideia do descompasso, enquanto a geração de combustível não-fóssil cresceu
cerca de um quarto entre 2000 e 2010, o aumento da geração a partir do carvão
no mesmo período foi de 45%.
POLUIÇÃO
MATA MAIS QUE MALÁRIA E AIDS
A poluição
do ar nas grandes cidades tem alcançado níveis nada seguros para a saúde
humana.
Por ano, em
todo o mundo, mais de 3 milhões de pessoas morrem em decorrência da poluição
atmosférica.
Em muitos
países não existe qualquer regulamentação da qualidade do ar e,
quando elas
existem, as normas nacionais e sua aplicação variam muito.
ÁGUA
POLUÍDA MATA UMA CRIANÇA A CADA 20 SEGUNDOS
A cada 20 segundos, uma criança morre
de doenças diarreicas, em grande parte evitáveis por meio de saneamento
adequado, melhor higiene e acesso a água segura
Por ano, 1,5 milhão de crianças morrem
do mesmo problema.
Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas
morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água,
à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene,
segundo a ONU.
DERRETIMENTO
RECORDE AFETA AS GELEIRAS...
Quatro trilhões de toneladas.
Esse é o volume estimado de gelo que
derreteu ao longo dos últimos 20 anos na Groelândia e na Antártica, segundo um
estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores apoiados pela NASA e pela Agência
Espacial Europeia (ESA).
O volume de gelo que virou água no
período contribuiu para o aumento de 11 milímetros no nível do mar, uma forte
evidência do aquecimento global.
E vem mais por aí. Juntas, essas duas
camadas estão perdendo até três vezes mais gelo por ano (equivalente a um
aumento de 0,95 milímetros no nível do mar) do que na década de 1990 (com aumento de 0,27 milímetros).
Cerca de dois terços da perda está
vindo da Groenlândia, e o restante da Antártica.
...E NUM RITMO 10 VEZES MAIS RÁPIDO
O degelo da Antártica durante o verão
está acontecendo num ritmo 10 vezes mais rápido que há 600 anos, segundo um estudo
internacional publicado na
revista Nature Geoscience. Embora o aquecimento também tenha causas naturais e
aconteça de forma regular há centenas de anos, o degelo se intensificou nos
últimos 50 anos, a medida que aumentava a atividade industrial no mundo.
EM CONTRAPARTIDA, O MAR SOBE...
Um estudo recente relaciona a elevação do Pacífico
às mudanças climáticas.
As águas
subiram cerca de 20 centímetros nos últimos 200 anos.
Segundo os
pesquisadores, os maiores picos na elevação do nível do mar aconteceram entre 1910 e 1990, o que pode estar vinculado a
intensificação das atividades industriais.
O Atlântico também está subindo.
De acordo com um estudo
publicado pela
revista Nature Climate Change, o nível do mar em uma faixa costeira atlântica nos
Estados Unidos, incluindo as cidades de Nova York e Boston, aumenta até quatro vezes mais rapidamente do
que a média mundial.
...E TAMBÉM "SALGA"
Uma pesquisa feita por cientistas australianos
sugere que as mudanças climáticas podem estar afetando o ciclo hídrico da
Terra.
A suposição
vem do fato de, nos últimos 50 anos, a concentração de sal nos corpos de água
do planeta ter mudado de forma muito rápida.
Enquanto
algumas áreas, como a costa do Pacífico da América do Norte à Rússia,
ficaram
mais doces, outras estão mais salgadas, caso do Atlântico.
A co-autora da pesquisa, Susan Wijffels, afirmou que os números são reveladores porque
a salinidade era indicativa de mudanças no ciclo de chuva e evaporação.
OS CORAIS PEDEM AJUDA
A maior
barreira de corais do planeta vive uma crise ambiental sem precedentes.
Relatório
recente mostra que a Grande Barreira de Corais Australiana já perdeu mais da
metade de sua cobertura (50,7%) nos últimos 27 anos.
E, se nada
for feito na próxima década, podem restar apenas 5% da formação no ano de 2022.
Não para
aí.
Segundo
pesquisa global com mais de 700 espécies de corais, aproximadamente
33 % delas estão ameaçadas
de extinção com o crescente aumento de temperatura do planeta.
1 EM CADA 5 VERTEBRADOS CORRE RISCO DE EXTINÇÃO
Uma
pesquisa publicada na revista
Science mostra que
as populações de mamíferos,
aves, anfíbios, répteis e espécies de peixes apresentou queda de 40% nos últimos 40
anos.
De acordo
com o relatório "A Perda
das Espécies", realizado
em conjunto por mais de 100 zoólogos e botânicos de todo o mundo, a cada
semana, uma nova espécie é adicionada à ista de ameaçadas de extinção, risco
que atinge um quinto dos vertebrados do mundo.
Múltiplos fatores têm
contribuído para o desaparecimento de animais, entre eles a conversão de terra
agrícola, exploração excessiva, crescimento populacional, a poluição e o
impacto de espécies exóticas invasoras.
ESPÉCIES ESTÃO "PERDENDO O RUMO"
A elevação
das temperaturas tem causado o que os cientistas chamam de “estresse térmico” no mundo animal.
Durante
vinte anos, pesquisadores europeus vêm estudando o movimento de populações de
aves e borboletas no continente frente às mudanças cada vez mais constantes no
clima.
O resultado
preocupa: os animais simplesmente não conseguem migrar na velocidade necessária
para habitats com condições propícias para alimentação e procriação e correm
risco de desaparecer ao se concentrarem em regiões com clima mais hostil.
Ou seja, as aves e
borboletas europeias estão voando para longe de seus habitats mais adequados,
sofrendo com o tal “estresse
térmico”.
EVENTOS EXTREMOS – E CAROS
De acordo
com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU),
as catástrofes
ambientais causaram um prejuízo recorde de 138 bilhões de dólares para a
economia mundial em 2012.
O furacão Sandy
foi o mais caro, custando
50 bilhões para economia americana.
Tufão Bopha nas Filipinas
deixou 1901 mortos
O USO DESGOVERNADO DE PESTICIDAS PREOCUPA...
O mundo
está vivendo um boom no uso de pesticidas na agricultura, que é liderado pelo Brasil.
Por aqui, a
aplicação de agrotóxicos nas culturas cresceu nada menos do que 190% entre 2009 e 2010, enquanto no resto do mundo o
mercado se expandiu 93%.
Na ponta do lápis, o país
consome 19% de todos os pesticidas usados no mundo
...ASSIM COMO A POLUIÇÃO POR NITROGÊNIO
Desde 1990, a
China tornou-se
o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de
ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos,
também poluem e deterioram o solo quando usados de forma indiscriminada.
Um estudo publicado pela revista Nature indica que a poluição por
nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a
saúde humana
MUDANÇAS RADICAIS À MESA
Um estudo
feito pelo Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola (CGIAR, na sigla em inglês) para as Nações Unidas sugere
que o aquecimento global pode comprometer, até 2050, cerca de 20% da produção
trigo, arroz e milho – as três commodities agrícolas mais importantes e que
estão na base de metade das calorias consumidas por um ser humano.
É uma perda preocupante,
contra a qual será preciso lutar, sob a dura pena de mergulhar bilhões de pessoas
na fome – um mal que atinge um em cada sete habitantes do planeta
TONELADAS DE ALIMENTOS NO LIXO
Um estudo
revela que entre 30 e 50% dos alimentos disponíveis no mundo não são
consumidos, o que se traduz no desperdício de até 2 bilhões de toneladas de
comida por ano.
Segundo o
relatório Global Food;
Waste not, Want not, o desperdício é fruto de condições
inadequadas de armazenamento e transporte, adoção de prazos de validade curtos,
ou compra excessiva por parte dos consumidores.
Outro problema é a preferência dos supermercados por alimentos “perfeitos” em termos de formato, cor e tamanho
E O ENTULHO PÓS-MODERNO SÓ AUMENTA
O acesso
fácil às tecnologias modernas tem um efeito colateral difícil de se digerir.
Anualmente,
segundo dados da ONU, o mundo gera em média 40 milhões de toneladas de lixo
eletrônico por ano.
A maior
parte vem de países emergentes, como o Brasil, que ainda não possuem sistema de
gestão eficiente para lidar com esse tipo de material.
Artefatos
eletroeletrônicos contêm materiais que demoram a se decompor
– plástico, metal e vidro – e outros altamente
prejudiciais à saúde, como mercúrio,
chumbo, cádmio, manganês e
níquel
VAI FALTAR PLANETA
Já somos sete bilhões de pessoas no
mundo, comendo, usando energia, poluindo e
consumindo cada vez mais produtos em um planeta finito.
A pressão sobre os recursos naturais só
aumenta.
Segundo o Global Footprint Network, uma organização de pesquisa que mede a pegada
ecológica do homem no planeta, a diferença entre a capacidade de regeneração da
natureza e o consumo humano gera um saldo ecológico negativo que vem se
acumulando desde a década de 80, também estimulado pelo crescimento
populacional
MULTIPLICAÇÃO DAS CABRAS
Um novo estudo, publicado na revista
científica Oikos, mostra que dois fatores principais são importantes para a
sobrevivência das cabras: as horas de claridade do dia e a temperatura.
Para os caprinos da Escócia, que sofrem
com o frio das áreas mais elevadas do norte do país, o aquecimento
global pode ser uma dádiva.
A elevação das temperaturas parece
estar tornando a vida um pouco mais fácil para os animais da região, que já
começam a marcar território.
O aumento da população de cabra
selvagem e a mudança de seu habitat foi documentada pelo pesquisador britânico
Robin Dunbar, da Universidade de Oxford e seu colega Jianbin Shi.
Fonte e crédito das fotos:
ÁGUA -
QUEM PENSA, CUIDA!
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