LEO BABAUTA“A MANEIRA COMO FALAMOS COM
NÓS MESMOS REALMENTE IMPORTA”SEXTA
FEIRA 08 DE AGOSTO DE 2025Uma
das coisas que mais influenciam nossas vidas é algo que a maioria das pessoas
desconhece — a maneira como falamos conosco mesmos.
É
algo invisível e, portanto, somos impotentes diante dele, e nem percebemos o
quanto ele tem poder sobre nós.
Falamos
conosco mesmos de maneiras muito negativas, e isso faz uma diferença enorme:
Estressando-nos:
Olhamos
para uma situação e dizemos a nós mesmos que ela é terrível, assustadora,
difícil!
Basicamente,
nosso diálogo interno aumenta o estresse da situação.
Em
vez de nos tranquilizarmos de que conseguimos, apertamos um pouco o botão do
pânico.
Desanimando-nos:
As
coisas não estão indo como queremos… e então nosso diálogo interno diz coisas como:
“Isso é muito difícil.
Você não consegue fazer isso.
Isso não está funcionando.
Você é péssimo nisso.”
Tão
desanimador!
E
então tendemos a desistir.
Criticar a nós mesmos:
Quando
não nos saímos tão bem quanto gostaríamos, muitas vezes temos uma voz interior
crítica, que é estressante, frustrante e desanimadora.
A
esperança é que essa crítica interna nos incentive a fazer melhor, mas
geralmente tem um efeito negativo.
Nos frustrar:
Quando
achamos que as coisas deveriam estar indo melhor, podemos ter uma voz interior que diz coisas
como:
“Por que tem que ser assim?
Por que eu sempre luto com
isso?
Por que eles têm que agir
dessa maneira?”
E,
embora isso seja compreensível, geralmente leva à frustração.
Nos obrigar a evitar coisas
difíceis:
Quando
algo é assustador ou difícil, nossa voz interior pode encontrar justificativas:
“Você pode fazer isso depois.
Dê um tempo para si mesmo.”
E
assim, evitamos.
Como
você pode ver, essa voz interior está falando o tempo todo e geralmente tem
efeitos muito negativos sobre nós.
Ela
nos faz querer evitar ou desistir do que realmente queremos fazer.
Ela
sabota projetos e hábitos.
Nos
deixa estressados, frustrados, desanimados e deprimidos.
Então, como superamos isso?
Por
meio de dois passos importantes:
Tornando-se
consciente da voz interior
Usando
essa voz como uma aliada para o bem
Vamos
dar uma olhada!
TRAZENDO
CONSCIÊNCIA PARA A VOZ INTERIOR
Se não
estivermos cientes de que a voz está lá, não podemos fazer nada a respeito.
Mas
ela está lá há tanto tempo que, neste momento, é apenas um ruído de fundo.
Vamos fazer um experimento:
Por
apenas 10 minutos, tente prestar atenção a quaisquer pensamentos que surjam em
sua cabeça.
Escolha
uma tarefa difícil que você vem evitando.
Comprometa-se
a realizar essa tarefa difícil por apenas 10 minutos.
Defina
um cronômetro e vá em frente.
Observe
quais pensamentos surgem antes, durante e depois.
Para
algumas pessoas, haverá uma evitação total do experimento.
Se for o seu caso, o
que você diz a si mesmo para evitar o experimento?
Para
outros, eles podem ficar presos na etapa “escolha uma tarefa
difícil” —
quais dúvidas surgem
e o impedem de escolher?
Para
outros, haverá uma série de pensamentos que surgirão enquanto tentam começar ou
enquanto realizam a tarefa.
Que
racionalizações, dúvidas ou outros pensamentos você consegue perceber?
Anote-os.
É
assim que você aprende a estar ciente dessa voz interior.
Agora
faça este experimento todos os dias durante duas semanas.
Você
verá sua voz interior muito mais do que nunca.
E
você se tornará ciente dela também fora desses 10 minutos por dia.
(Observe
também o que você diz a si mesmo para evitar fazer o experimento por duas
semanas!)
Bônus: observe também
seus pensamentos quando estiver evitando algo.
Ou
se sentindo desanimado ou frustrado.
APRENDENDO
A USAR A VOZ INTERIOR PARA O BEM
OK,
então digamos que você esteja fazendo o experimento há duas semanas.
Você
está mais ciente da voz interior.
Isso
é muito importante.
Agora
podemos começar a criar um aliado nessa voz interior.
Ela
pode fazer muito bem, mas precisamos praticar.
Perceba
quando sua voz interior está sendo crítica ou desencorajadora, ou fazendo com
que você evite ou fique estressado.
Perceba
o que ela está dizendo.
Agora
comece a mudar o diálogo interno com uma atitude gentil e amigável:
Seja compreensivo:
Quando
a voz for áspera, diga a ela que você entende que ela está com medo.
Medo
de não ser bom o suficiente.
Diga
a ela que você entende que ela está tentando te ajudar,
te
proteger.
Então, tranquilize-a: você consegue.
Peça
a ela que confie em você.
Seja encorajador:
Em
vez de dizer coisas desencorajadoras, peça à voz para te encorajar.
“Você consegue!
Você consegue!”
Coisas
assim.
Peça
à voz para ser sua melhor incentivadora.
Seja amigável:
Peça
à voz para ser gentil e amigável também — quando nos sentimos desanimados e
desanimados só queremos um amigo gentil conosco.
A voz
pode ser assim:
“Tudo bem, amigo, você deu o seu melhor.
Você pode aprender com isso.
Você pode se recompor e tentar de novo.”
Seja inspirado:
Muitas
vezes nos forçamos a fazer as coisas.
Mas
e se pudéssemos falar conosco mesmos de uma forma que não fosse a de um mestre
de tarefas, mas a de um palestrante inspirador?
A
voz poderia lembrá-lo da importância disso e falar sobre a bela possibilidade
que essa tarefa representa para você.
Estas
são apenas algumas coisas que você pode tentar.
Você
também pode tentar outras abordagens: ser curioso,
aventureiro,
bem-humorado, brincalhão, grato, amoroso.
No fim
das contas, trata-se de resgatar o poder da nossa voz interior.
E,
ao fazermos isso, estaremos mudando o curso das nossas vidas.
Com
amor,
Leo Babauta
Zen Habits
Canal:
Leo Babauta
Fonte primária: https://zenhabits.net/
Fonte Secundária: https://eraoflight.com
Tradução: Sementes das Estrelas/ Iara L. Ferraz
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2025/08/leo-babauta-a-maneira-como-falamos-com-nos-mesmos-realmente-importa.html


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